Estudo terá a participação 1.420 voluntários com idades entre 18 e 55 anos
A farmacêutica Pfizer e o laboratório BioNTech iniciaram o recrutamento para os testes clínicos sobre a segurança e a resposta imune de sua vacina contra a Covid-19 específica para a variante ômicron em adultos de até 55 anos, anuncia um comunicado divulgado nesta terça-feira (25).
Albert Bourla, CEO da Pfizer, já havia declarado que o grupo farmacêutico poderia estar preparado para solicitar a aprovação regulatória da vacina em março.
A diretora de pesquisa de vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, afirmou que embora os dados atuais mostrem que os reforços da vacina original protegem contra formas graves de ômicron, o laboratório prefere atuar com cautela.
"Reconhecemos a necessidade de estar preparados caso a proteção diminua com o tempo ajudar potencialmente a abordar a ômicron e novas variantes no futuro", disse.
Queda na proteção contra a ômicron
O diretor-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, afirmou que a proteção da vacina original contra a Covid leve e moderada pareceu diminuir de maneira mais rápida no caso da ômicron.
"O estudo é parte de nossa abordagem científica para desenvolver uma vacina baseada em variantes que alcance um nível similar de proteção contra a ômicron como o registrado contra as variantes anteriores, mas com uma duração maior da proteção".
Mais de 1,4 mil pessoas serão testadas
O teste terá a participação 1.420 pessoas com idades entre 18 e 55 anos. Os voluntários serão divididos em três grupos.
O primeiro envolve pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech entre 90 e 180 dias antes da inscrição e que receberão uma ou duas doses da vacina contra a ômicron.
O segundo inclui pessoas que receberam três doses da vacina atual entre 90 e 180 dias antes do estudo e receberão outra dose da vacina original ou uma vacina específica contra a variante.
O último grupo inclui pessoas que nunca foram vacinadas contra a Covid e que receberão três doses já da vacina específica contra a ômicron. A vacina anticovid da Pfizer-BioNTech foi a primeira autorizada nos países ocidentais, em dezembro de 2020.