Mães lactantes vacinadas contra a Covid-19 com o imunizante Coronavac tem anticorpos no leite mesmo após quatro meses de receberem a vacina, segundo estudo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. As informações são do portal G1.
O estudo analisou vinte voluntárias, profissionais de saúde que foram vacinadas, tiveram bebês e doaram amostras do leite. Os pesquisadores do Instituto da Criança analisaram e verificaram a presença dos anticorpos.
Grávidas e puérperas fazem parte do grupo prioritário de vacinação contra Covid-19 no Brasil. A recomendação é que a amamentação não seja interrompida após a vacinação.
Conforme Magda Carneiro, pediatra da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora da pesquisa, os níveis mais altos de células de proteção foram verificados após a mãe receber a segunda dose da vacina.
"Nós fizemos uma observação ao longo de 4 meses, completados agora, em maio, e metade das mães ainda tinham anticorpos positivos", afirmou Magda ao portal G1.
Um estudo publicado em abril na revista científica The Journal of the American Medical Association (Jama) também comprova a presença de anticorpos no leite de mães que receberam a vacina da Pfizer.
O leite materno é uma fonte de anticorpos para os bebês, mas ainda não foi definido se as crianças ficaram protegidos de fato contra a doença com a alimentação.
Por outro lado, há casos confirmados de bebês que nasceram com anticorpos contra Covid-19 após a mãe ser vacinada ainda na gravidez. Bahia e Santa Catarina já registraram situações do tipo.