Um estudo publicado na revista científica Nature indicou que bactérias Bacteroides xylanisolvens, encontradas em camundongos, reduz o risco de desenvolvimento de doença hepática gordurosa. Segundo o artigo produzido por cientistas dos Estados Unidos e da China, esses microrganismos decompõem a nicotina.
Os pesquisadores analisaram a quantidade de nicotina presente no intestino, comparando amostras de fezes de 30 fumantes e 30 não-fumantes. Após notarem que parte da nicotina estava presente nas análises dos tabagistas, os cientistas expuseram ratos à fumaça, encontrando resultados semelhantes.
Os pesquisadores mataram as bactérias presentes no intestino de parte dos roedores, e repetiram o procedimento. Na ocasião, foi descoberto que um grupo de camundongos tinha mais nicotina que o outro, indicando a decomposição da nicotina no órgão.
Ao fim do estudo, os cientistas relacionaram a eliminação da nicotina com a atuação das bactérias. Agora, o intuito é saber se a enzima pode ser produzida de forma artificial para um possível tratamento de câncer em humanos.