'Anel de Einstein': fenômeno gravitacional raro é fotografado por telescópio espacial; veja
Essa é a primeira vez que um equipamento europeu observa o evento cósmico
Uma foto tirada pelo telescópio espacial Euclid, que está em uma missão de seis anos para explorar o universo, revelou pela primeira vez um fenômeno gravitacional raro: o 'Anel de Einstein'. A informação foi compartilhada pela revista científica Astronomy & Astrophysics nesta segunda-feira (10).
Essa é a primeira vez que o acontecimento é visto por um equipamento da Agência Espacial Europeia (ESA). Antes ele já foi fotografado pela Nasa com o Hubbe e o James Webb. Mas desta vez, o registro capturou, com exclusividade, o anel de luz formado ao redor do centro do fenômeno.
Segundo o artigo publicado na revista, o anel foi fotografado na galáxia NGC 6505. Ela fica cerca de 590 milhões de anos-luz de distância da Terra, um valor pequeno, em termos cósmicos. Já a estrutura em volta dele é de uma galáxia ainda mais distante, por volta de 4,42 bilhões de anos luz. Os cientistas afirmam que ela é desconhecida, portanto, ainda não possui nome.
"O 'Anel de Einstein' é um exemplo de fortes lentes gravitacionais. Todas elas são especiais, porque são tão raras e são incrivelmente úteis cientificamente. Esta é particularmente especial, porque está tão perto da Terra que o alinhamento a torna muito bonita", explicou Conor O’Riordan, autor do primeiro artigo científico sobre o tema.
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O que é um 'Anel de Einstein'?
O 'Anel de Einstein' é um fenômeno conhecido como lente gravitacional, em que uma luz distante se curva ao passar por objetos maciços no espaço. Essa distorção cria uma imagem que pode formar um anel perfeito.
O nome faz referência à teoria da relatividade de Albert Einstein, que prevê essa curvatura da luz por conta da gravidade. Isso significa que, quando o alinhamento é perfeito, podemos ver galáxias que, de outra forma, estariam ocultas.
A captura desse acontecimento é só uma dentre as várias observações do telescópio Euclid. Ele foi lançado em 1º de julho de 2023 e segue até hoje no espaço em busca de novos fenômenos e descobertas instigantes. Com o auxílio dele, os cientistas esperam conhecer novos cantos do universo e entender mais sobre a energia escura.
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*Sob supervisão do jornalista e editor Felipe Mesquita