Quando da vitória do Ceará sobre o Bahia por 3 x 1, na primeira partida da decisão, o título do nosso comentário foi: “O Ceará jogou com jeito de campeão”.
Na segunda partida, o alvinegro confirmou isso ao vencer o tricolor baiano, por 1 X 0, cumprindo a sua irretocável campanha. Fez tudo dentro das medidas.
Foi para o jogo, dispensando as vantagens que tinha, para sair bicampeão. Topou a proposta de disputa dura, de marcação, de luta pela captura da bola e sem concessão de espaços para o adversário.
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Anulou as jogadas de Rossi e Élber pelos lados, permitiu em alguns momentos que Rodriguinho dominasse a bola, atrás dos volantes, e apertou o Bahia, na saída de bola.
Houve momentos em que se observou o Bahia com maior preocupação em impedir a progressão de jogadas do alvinegro.
Fernando Sobral, atacando e marcando pela direita, Leandro Carvalho aberto pela esquerda, impedindo impulsos de apoio do ala João Pedro, e Cléber, pelo meio, no sacrifício, entre Lucas e Juninho.
O enredo era complementado pela bela atuação de Fabinho, ao lado de Wiliam Oliveira, e a firmeza da linha de quatro defensores, onde Bruno Pacheco fez o seu melhor jogo pelo Ceará.
O jogo sofreu, na sua qualidade, pelo excesso de bola alta, expediente usado pelos dois times para queimar etapas nas tramas.
A proposta de um jogo mais ofensivo do Bahia na segunda etapa, com a entrada de Gleyson, atacante, no posto de um zagueiro, e Nino, em lugar de João Pedro, empacou.
O Ceará, sem a bola, marcou até o meio-campo e deixou que o Bahia se desesperasse e perdesse totalmente a lucidez.
Infelizmente, os espaços no campo defensivo do time baiano foram mal aproveitados, principalmente por um desarvorado Mattheus Gonçalves, que destruiu dois contra golpes.
Para Sóbis e Bergson, que entraram na fervura do jogo, faltou sintonia com os demais e a ajuda foi imperceptível.
Na jogada do gol de Cléber, méritos para a arrancada de Leandro Carvalho e para participação oportuna de Bruno Pacheco.
Digo sempre que “mais importante do que ter a pólvora é saber usá-la em fogos de artifícios; tudo fica mais bonito”.
Guto Ferreira soube usar a pólvora que tinha.
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