O ministro Paulo Guedes reconheceu que a influência da esfera política pode continuar a gerar mudanças na gestão do Banco do Nordeste. Exclusivamente para a Coluna, o chefe do Ministério da Economia admitiu que caberá à classe política indicar as próximas eventuais mudanças na presidência da instituição financeira regional de fomento.
Perguntado sobre os planos do Governo Federal para o Banco Nordeste até o fim de 2022, Guedes confirmou que a política vem, sim, tendo um peso importante para as indicações no BNB.
"Eu juro que eu não sei (se teremos mudanças no BNB). Não sei porque a política está fervendo. A pessoa sobe e cai em 3 minutos", disse Guedes após o seminário Economia Brasil, realizado na sexta-feira (18).
Atualmente, o BNB é presidido interinamente por José Gomes da Costa, que acumula o cargo de diretor financeiro e de crédito. Ele assumiu em 17 de janeiro deste ano, substituindo a passagem relâmpago de Anderson Possa, então diretor de negócios.
Troca-troca
As mudanças no alto escalão do Banco têm sido constantes desde a primeira saída de Romildo Rolim, ainda em julho de 2020.
Nos bastidores, as pressões políticas geradas pelos partidos do "Centrão" no Congresso Nacional são apontadas como os principais impulsionadores das mudanças. Oficialmente, isso é negado pelos gestores do Banco.
Depois da primeira gestão de Romildo Rolim, que durou de 2017 a 2020, o BNB passou por várias mudanças na diretoria. Entre elas, a indicação de Alexandre Cabral, em junho de 2020.
Mas novas mudanças viriam depois de quase 4 meses, quando José Gomes da Costa foi indicado ao cargo de presidente interino, compondo a diretoria atual.
O Banco, no entanto, ainda aguarda a consolidação de um nome na chefia da instituição.
Veja a composição atual da diretoria do BNB:
José Gomes da Costa - Presidente interino / diretor financeiro e de crédito
Anderson Possa - Diretor de negócios
Haroldo Maia Júnior - Diretor de administração
Lourival Nery dos Santos - Diretor de Controle e Risco