O Banco do Nordeste financiou mais de R$ 6,710 bilhões no Ceará em 2021, a partir de 1,489 milhão de operações de crédito.
Os resultados são parte do desempenho da instituição financeira no ano passado, quando foi registrado um lucro líquido de R$ 1,62 bilhão, valor que representa alta de 59% ante 2020. A informação foi confirmada durante evento na sede do Banco nesta sexta-feira (25).
De acordo com os dados apresentados, os recursos provenientes do Banco do representaram 40,1% do crédito de longo prazo no Ceará, além de acumular 59,9% do crédito de longo prazo. Os dados reforçam a importância da instituição no Estado, com programas de microcrédito, financiamento de projetos de energias renováveis, crédito rural e outros.
Ao todo, no Ceará, foram financiados R$ 2,57 bilhões pelo Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), R$ 652 milhões para micro e pequenas empresas, R$ 3,84 bilhões para microcrédito pelo Crediamigo, R$ 360,3 milhões pelo Agroamigo, e R$ 563,1 milhões para projetos de infraestrutura.
"Estamos demonstrando a nossa capacidade de expandir resultados com custos a administrativos relativamente menores", disse o presidente interino do BNB, José Gomes da Costa.
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Considerando toda a área de atuação, que compreende os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, o BNB aplicou, em 2021, mais de R$ 41,8 bilhões. Do volume total, R$ 25,9 bilhões foram financiados pelo FNE, R$ 3,9 bilhões pelos programas de micro e pequenas empresas, R$ 12,7 bilhões pelo Crediamigo, R$ 3,4 bilhões pelo Agroamigo, e R$ 8,4 bilhões para projetos de infraestrutura.
Apesar de os últimos anos terem sido marcados pela pandemia do novo coronavírus, o BNB registrou um crescimento de 6,8% nas contratações pelo Crediamigo no Ceará entre 2020 e 2021. No ano passado foram contratados R$ 3,84 bilhões, enquanto foram R$ 3,59 bilhões em 2020.
O número também representa uma evolução constante desde 2019, quando foram registrados R$ 3,47 bilhões em contratação pelo Crediamigo no Ceará.
Vale ressaltar que o Banco do Nordeste vem reestruturando o programa de microcrédito desde a retirada do Instituto Nordeste Cidadania (Inec) da administração do projeto. Segundo Gomes da Costa, o Banco deverá internalizar a gestão nos próximos meses.
O presidente interino do BNB ainda descartou a possibilidade de que a Caixa Econômica Federal assumisse a gestão do Crediamigo.
"O Banco vai internalizar a operação e está com um grupo cuidando disso para que gradativamente a operação seja cuidada pelo BNB", disse Gomes da Costa.