Com o avanço, ainda lento, da vacinação contra Covid-19 em solo brasileiro, alguns grupos de torcedores iniciaram movimentação em redes sociais para puxar um possível retorno do público aos estádios.
As ideias eram semelhantes às que estão sendo postas em prática em países europeus, como relatamos na semana anterior: passaporte de vacinação para um público reduzido, com distanciamento e testes.
Retorno muito distante
Mesmo nessa perspectiva, a coluna apurou que já existe um acordo firmado com a CBF para esse pleito e que ele anda muito longe de ser posto em prática.
A torcida só voltará ao estádio quando todos os Estados da Federação (com equipes em competições nacionais) não tiverem restrições para retorno do público. Ou seja, algo que deve demorar muito para ocorrer, tendo em vista as dimensões continentais do Brasil e as diferentes realidades que cada região vive na saúde pública e na esfera política.
Desequilíbrio técnico é motivo
A explicação vem mais da esfera esportiva que de saúde pública. Liberações isoladas em alguns estados não serão suficientes por critério técnico.
No entendimento da CBF, isso desequilibraria as disputas, com times tendo privilégios sobre outros. Além disso, a proposta de abertura ao público também deverá ser apreciada em assembleia geral de clubes e federações.
Resumindo e interpretando: a volta do público aos estádios brasileiros dificilmente ocorre na temporada 2021, com clubes como Ceará e Fortaleza já retirando dos orçamentos do ano as receitas provenientes de bilheteria.
São perdas gigantes, como apontadas nesta matéria do André Almeida.