Um dos treinadores irá garantir, no Clássico-Rei, mais tranquilidade para a sequência do trabalho. Porém, o outro terá que lidar com pressão da eliminação
O Clássico-Rei já tem, por natureza, um peso enorme. Para torcedores, jogadores, diretores e treinadores. Este duelo pelas oitavas de final da Copa do Brasil, em particular, é ainda mais crucial para Marquinhos Santos, do Ceará, e Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza.
Os dois treinadores buscam alívio pelo atual momento em seus clubes.
Juan Pablo Vojvoda
No cargo há mais tempo, Vojvoda vive o período de maior pressão e dificuldade desde que assumiu o comando do Fortaleza, em maio de 2021.
Lanterna na Série A do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza foi recém-eliminado da Copa Libertadores e deposita, na Copa do Brasil, a expectativa de um resultado expressivo para renovar a confiança no Pici.
A vantagem de 2 a 0 é um ponto muito positivo, já que pode perder até por um gol de diferença que, mesmo assim, estará nas quartas de final. Porém, se tomar a virada e for eliminado, o peso que cairá sobre Vojvoda será enorme e a pressão ficará ainda maior.
Antes intocável, o argentino já lida com contestações e críticas de parte da torcida por conta de decisões, escalações e substituições realizadas nos últimos jogos. Tudo decorrente, claro, da péssima campanha no Brasileirão.
Marquinhos Santos
Mandante do jogo, o Ceará contará com maioria da torcida para tentar uma difícil virada. Se conseguir reverter a vantagem do rival e classificar, Marquinhos Santos sai muito fortalecido.
Porém, sendo eliminado, aumentará a desconfiança em relação ao seu trabalho. Até porque, no jogo da ida, foi claramente superado pelo técnico argentino.
Fato é que apenas um dos dois irá avançar e ganhar fôlego. O outro ficará pelo caminho e terá que arcar com as consequências de um revés no maior jogo do Estado.
O desenrolar do jogo (dependendo de suas nuances) poderá amenizar ou aumentar o tamanho dessa pressão.