O estádio Presidente Vargas (PV) foi reinaugurado em 22 de maio de 2022. Após 797 dias, o “PVzinho de Açúcar” recebeu a vitória do Ferroviário contra o Botafogo-SP por 1 a 0, pela Série C do Brasileiro. Assim, iniciou uma nova trajetória no futebol cearense, aguardando novos eventos.
A qualidade do gramado é excelente, após investimento de R$ 2 milhões. A estrutura foi reformada, com novo circuito interno de telão instalado. Deste modo, por que não pensar em jogos de Ceará e Fortaleza no espaço? O cenário de “caldeirão” pode ser uma arma positiva para o Brasileirão.
A capacidade do PV é de 20.166 espectadores. O número é maior que seis estádios usados na Série A: Alfredo Jaconi (Juventude / 19.924); Ressacada (Avaí / 17.800), Vila Belmiro (Santos / 16.068), Nabi Abi Chedid (Red Bull Bragantino / 15.010); Antônio Accioly (Atlético-GO / 12.500) e Serrinha (Goiás / 10.000).
O índice também é próximo de 23.000, a carga máxima da Arena Independência, em Minas, que recebe as partidas do Atlético-MG e do América-MG em confrontos nacionais e internacionais.
Ao analisar os últimos jogos cearenses no Brasileirão, os públicos presentes em jogos de Vovô e Leão foram maiores que a capacidade do PV, o que garante casa cheia sempre. As soluções devem chegar com a administração do sócio-torcedor, com índices maiores do que a carga do Presidente Vargas.
É um ponto de discussão, mas que seria natural em algum contexto do futebol cearense: os sócios seguem crescendo e, no futuro, podem ultrapassar também o total da Arena Castelão. Outros times com mais associados, como o Internacional (96.400) já atuam em estádios com carga menor.
Recuperação da Arena Castelão
O uso do PV pode auxiliar na recuperação do gramado da Arena Castelão. O Gigante da Boa Vista é o principal palco esportivo cearense, mas sofre com a maratona de partidas e a alta quadra chuvosa.
Um período de descanso seria positivo, principalmente para evitar prejuízo técnico em cenários futuros, como nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, da Libertadores e da Copa do Brasil.
O espetáculo piora no estádio que mais recebe jogos do futebol brasileiro. Agora o sacrifício precisa ser convertido em recuperação, a falta de renda também impacta nas finanças do futebol brasileiro.