Exclusiva com Gustavo Morínigo: avaliação da estreia do Ceará, ideia de jogo e mentalidade

O técnico paraguaio chegou ao Vovô para a temporada de 2023

Legenda: Gustavo Morínigo assinou contrato com o Ceará até o fim de 2023
Foto: reprodução

O Ceará estreou na temporada de 2023 com goleada contra o Guarani de Juazeiro e deixou impressões positivas sobre o início de trabalho do técnico paraguaio Gustavo Morínigo. Anunciado no cargo em novembro de 2022, o treinador tem papel importante na retomada alvinegra à Série A.

O Diário do Nordeste conversou com o comandante sobre o início das atividades em Porangabuçu. Morínigo participou da montagem do elenco, que contou com 11 reforços, e tem quatro competições distribuídas durante o ano: Campeonato Cearense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e a Série B.

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O profissional tem uma rotina intensa de trabalho, com foco nos treinos e nas decisões internas junto do departamento de futebol. Ausente da estreia por conta da falta de regularização, está na expectativa da inscrição no Boletim Informativo Diário (BID) para participar das partidas pelo Vovô.

Entrevista com Gustavo Morínigo no Ceará

Gustavo Morínigo observa prancheta em treino do Ceará
Legenda: Gustavo Morínigo pretende utilizar diversos esquemas táticos no comando do Ceará
Foto: divulgação / Ceará

Como avalia a estreia do Ceará?

"O time trabalhou bem. Alguns conceitos táticos que implementamos foram feitos. Meu costume não é olhar muito para as coisas boas, mas focar naquilo que ainda pode melhorar. Quanto às situações, faltou no 1º tempo e no 2º tempo. Independente do rival,  nós precisamos evoluir sempre e o meu foco está nisso, não deixar que o time desça, fazer com que melhore a cada jogo. Foi um primeiro jogo bom, nesse sentido, mas há muitas coisas que temos de melhorar".

Na parte tática, como deseja que o Ceará jogue? Quais as principais características?

"Independente da parte tática, quero um time com raça, aguerrido, que se entregue por completo, independente da parte tática. Podemos ter uma formação ou duas de acordo com o rival, e da possibilidade que temos no jogo. Na estreia, decidimos colocar o Vina de falso 9, sabemos que é uma posição que ele já jogou, mas não é a sua original ou a que mais gosta. O time se comportou na parte defensiva e ofensiva, mas erramos muito e demos possibilidade. Taticamente, trabalhou bem. Estamos tocando alguns conceitos que o grupo tinha na marcação, mas ainda precisa de trabalho”.

Como percebe o elenco atual do Ceará? 

"Temos um elenco muito rico (de variedade), estamos contentes com isso. Podemos colocar diferentes sistemas até no mesmo jogo, colocar dois ou três sistemas, mas isso leva tempo e isso não dá para mensurar, será algo que vai acontecendo”.

No período no Ceará, quais rotinas conseguiu implementar ou mudar para evoluir o trabalho?

"No clube, participamos e temos um time profissional em campo e também fora. Procuramos ter todos os cuidados para o bom rendimento. Dentro de campo, é ter o foco, ter uma identidade de time ganhador, e isso a partir não do clube, mas do que estamos fazendo no dia a dia, do time ganhador. Tem de ser feito  com muito trabalho, humildade, foco, união, respeito e, o mais importante, o comprometimento de cada um, que vai fazer com que o time seja difícil para qualquer adversário".

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