O Fortaleza de Vojvoda entra para a história mais uma vez. Os feitos do clube com o técnico argentino são muitos, e novamente se escreve o imponderável. Em 2021, o G-4 e a melhor posição de um nordestino. Em 2022, do rebaixamento definitivo até a briga pela Copa Libertadores. Hoje, o Leão tem 44 pontos e a 9ª posição. A pontuação para tentar a Liberta é 54: logo, precisa de mais 10 durante as seis rodadas finais.
“O Fortaleza merece jogar ou brigar novamente para estar novamente na Libertadores”, afirmou o comandante após a vitória contra o América-MG, no sábado (15). E o enredo é de ineditismo mesmo: é a primeira vez que o lanterna do 1º turno do atual Brasileirão escapa da queda à Série B.
Veja também
Em um ano e meio, Vojvoda foi revolução. No curtíssimo espaço de tempo, parecia ser do clube desde sempre, forjado em Fortaleza. Da relação de humildade com os funcionários, de morar no Pici em processo de imersão, deixou a equipe cearense na principal competição de clubes da América.
Hoje, busca repetir esse feito, se consolidando no rol dos maiores técnicos da história do Fortaleza e do futebol cearense. A imposição tática, o modelo de jogo e o planejamento trouxeram a ambição necessária a um projeto vencedor. O grande desafio é a renovação: o contrato acaba em dezembro.
Vojvoda faz um dos melhores trabalhos do futebol brasileiro e nunca se colocou à frente do Fortaleza. É apenas mais um na instituição centenária, em novo capítulo importante. O enredo ainda não acabou, o desfecho é imprevisível, mas o caminho atual deve ser lembrado pelo torcedor.
O caminho tricolor é até difícil de explicar, mas o clube coroa a temporada com todas as metas alcançadas e um novo sonho rodada a rodada. A transformação atual passa pelo planejamento da gestão, recursos para a comissão técnica, investimento e o foco exclusivo à elite nacional: um novo clube cresceu no returno.
No fim, “tua vida sempre foi um marco”, diria o hino do Fortaleza. Desde 2017, a cada ano, a pavimentação da grandeza do enredo cenário, prestes a completar 104 anos de história. Hoje, é certo: o sucesso tricolor não é imediato, mas uma ascensão nacional construída com o trabalho.