Pensar

Somos a favor tanto da aprendizagem tradicional como da virtual. No entanto, não devemos deixar os métodos ortodoxos da leitura e da pesquisa nos livros, nos textos e nos jornais, pela comodidade cibernética

Escrito por Gonzaga Mota ,
Professor aposentado da UFC
Legenda: Professor aposentado da UFC

De forma objetiva, podemos dizer que pensar significa conceber ideias, meditar, rciocinar, refletir, enfim, buscar conhecimentos, muitas vezes polêmicos, que possam nos levar a um processo de tomada de posições ou de decisões. Não é fácil pensar. Assim disse Henry Ford: “Pensar é o trabalho mais pesado que há, e talvez seja essa razão para tão poucos se dedicarem a isso”. Por incrível que pareça, no momento atual, o número de pessoas pensantes, em termos relativos, a nosso juízo, está caindo.

Não somos contra o progresso tecnológico, pelo contrário. Sem a informação e com as atividades em permanente evolução, dificilmente a humanidade teria condições de possuir um melhor padrão de vida, com respeito à realização de suas necessidades. Todavia, o que não desejamos é a substituição do pensamento humano por um computador, por exemplo. Somos a favor tanto da aprendizagem tradicional como da virtual. No entanto, não devemos deixar os métodos ortodoxos da leitura e da pesquisa nos livros, nos textos e nos jornais, pela comodidade cibernética.

Tal comportamento pode nos conduzir a uma preguiça mental e consequentemente reduzir a capacidade de pensar. O importante é buscarmos uma conciliação que permita a convivência do pensamento e do progresso tecnológico, ou seja, sim à inclusão digital e também à inclusão do pensamento. A arte de pensar é o segredo da vida.

Conforme Spencer, “É a mente que faz a bondade e a maldade. Que faz a tristeza e a felicidade, a riqueza e a pobreza”. Procuremos o sucesso, mediante o pensamento positivo, isolando as ideias inerentes aos sentimentos do ódio, da inveja, do desamor, dentre outros, e não apenas digitando números e letras, nem também procurando, sem esforço mental, informações existentes numa máquina. Lembremo-nos, por sua vez, de Victor Hugo: “Amo as pessoas que pensam, mesmo aquelas que pensam de maneira diferente de mim”.