A pandemia e o Bitcoin
Com a notícia da pandemia do coronavírus todo o mercado de investimentos tradicional e digital foi impactado com a notícia. Sendo assim, as criptomoedas também sentiram a queda de mais de 50% do preço do Bitcoin e também uma grande perda no tamanho da capitalização do mercado. Porém, o que chamou muito a atenção dos investidores foi a rápida recuperação que a criptomoeda teve em relação aos outros ativos tradicionais.
Motivada pela descentralização do setor, ou seja, diferente do dólar ou ações, que dependem das decisões de um governo, o Bitcoin não é interferido pelo isolamento social e fechamento do comércio, e sim, pela oferta e procura. E foi isso que acarretou na queda no início da pandemia, pois no desespero, as pessoas optaram por tirar suas aplicações em Bitcoins para acessar suas moedas fiduciárias e pagar contas, gastar com emergências.
O fato de o mercado de criptomoedas estar performando acima dos demais e a queda menor do que nas grandes bolsas do mundo, trouxe destaque e um olhar curioso dos investidores. O número de notícias sobre o Bitcoin cresceu, pessoas interessadas em conhecer o setor e estudando sobre ele também foram pontos que auxiliaram na popularização do ativo durante a crise.
Um outro ponto que tem sido cada vez mais combatido pelas corretoras e positivo para a popularização da moeda é a segurança. O uso de criptomoedas para fins ilícitos é um grande impeditivo para a propagação desta modalidade. E cada vez mais a segurança e alertas com golpes têm vindo à tona, fazendo com que o investidor tenha mais segurança no mercado, aumentando então, a disseminação da moeda.
Mas a grande lição que a pandemia trouxe aos investidores do mercado criptoativo foi entender a importância de analisar as aplicações em Bitcoins a longo prazo, graças ao seu potencial de impacto em termos de tecnologia.
Daniel Coquieri
COO e cofundador da BitcoinTrade