Queda de rendimento do Ceará passa por ter o segundo pior ataque da Série A
Vovô entrou na luta contra o rebaixamento após queda de rendimento no returno
Em queda de desempenho na reta final, o Ceará entrou na briga contra o rebaixamento da Série A. Com inúmeros fatores que explicam a situação atual do Vovô na elite nacional, uma das mais agravantes é o ataque. É o segundo pior do campeonato, atrás somente do lanterna e já rebaixado Sport. Em 36 rodadas, o Alvinegro marcou apenas 33 gols, estando atrás até do também rebaixado Juventude, que marcou 34 vezes.
O time é classificado pelo treinador Léo Condé como "equilibrado". No entanto, na prática, não é assim. É bem verdade que o grupo fez um campeonato superando às expectativas e chegou a flertar com uma vaga na pré-Libertadores. Com uma das melhores defesas - a 5ª melhor com 36 gols sofridos em 36 rodadas - além de um visitante indigesto, com a 8ª melhor campanha jogando fora de casa, a equipe se encaminhava para um campeonato tranquilo. Entretanto, a artilharia da equipe não é vista com bons olhos.
RAZÕES PARA O ATAQUE A DESEJAR
Um dos motivos dessa lacuna da equipe é que a concentração de gols passa por Pedro Raul. O camisa 9 do Alvinegro, autor de 10 dos 33 feitos pelo time, não vive boa fase e caminha para sua terceira partida sem marcar. O último foi no empate contra o Fortaleza, em duelo onde o artilheiro empatou o Clássico-Rei nos minutos finais. Ou seja, quando seu principal nome não marca, o Ceará encontra dificuldades em achar saídas para fazer gols. A desejar com ele, pior sem ele.
Ainda nesse sentido, é importante ressaltar que o time já passou alguns jogos em sequência sem marcar na temporada. Com isso, contratações foram feitas para melhorar o setor ofensivo: chegaram Vina, Paulo Baya, Rodriguinho e Lucca. Entre os reforços da janela, nenhum gol e somente uma assistência, do camisa 29, Vinícius, para Pedro Raul na vitória sobre o Fluminense por 2 a 0. Basicamente, os reforços não corresponderam e o time seguiu com a mesma dificuldade no último terço do campo.
Sob último aspecto, aproveitando o gancho de Vina, a titularidade dada ao meia pode ser colocada também como uma razão da baixa eficiência do ataque alvinegro. Não por rendimento abaixo do jogador, que estava em boa fase até a expulsão na derrota contra o Internacional, mas pelo time ter jogado boa parte do ano com Mugni como camisa 10 (literalmente). Até o momento em que a equipe se entrosasse totalmente com a nova formação, com um ataque composto por Vinícius, Galeano, Pedro Henrique e Pedro Raul, leva tempo, o que ainda com essa pressão contra o rebaixamento, não funcionou. Vale destacar que Pedro Henrique machucou a coxa contra na partida contra o Mirassol e talvez retorne somente na 38ª e última rodada contra o Palmeiras, tendo em vista que o ponta não viajou junto com a delegação para enfrentar o Flamengo.
VEJA OPÇÕES DO CEARÁ PARA O ATAQUE:
Meias: Lourenço, Mugni, Vina e Matheus Araújo
Pontas: Aylon, Fernandinho, Galeano, Paul Baya, Rodriguinho, Pedro Henrique
Centroavantes: Aylon, Guilherme, Lucca e Pedro Raul.
* Sob supervisão de Vladimir Marques