O presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Ceará, Herbet Santos, colocou o cargo à disposição para que o torcedor possa votar. Neste sábado (7), o dirigente afirmou que sua prioridade máxima é que os sócios-torcedores participem da votação para eleição da Diretoria Executiva do clube já em 2024, e que para isto acontecer, até aceita renunciar ao cargo.
"Eu sou homem de palavra e cumpro com meus compromissos. Eu assumo que, em caso de uma emenda para que o sócio-torcedor vote já em 2024, na eleição de dezembro, eu entrego a presidência e renuncio à chefia do Conselho Deliberativo no mesmo dia da eleição. Ao final da eleição, a torcida votando lá no ginásio de Carlos de Alencar Pinto, eu já estarei com carta de renúncia em mãos para entregar ao presidente da executiva, que eu sei que é o desejo dele que eu saia do Conselho. Agora, eu só saio, presidente João Paulo, caso o sócio-torcedor vote já em dezembro".
Herbet afirma que o posicionamento é uma resposta direta a recentes declarações de aliados do presidente da Diretoria Executiva, João Paulo Silva, que têm atribuído a ele a responsabilidade da reprovação do anteprojeto do novo Estatuto do clube, que visava modernização no regimento da instituição.
"Após o descumprimento do consenso firmado entre presidência da Executiva e do Conselho, o que a gente observa são os aliados do presidente da Executiva, de forma orquestrada, atingindo a minha pessoa e colocando a responsabilidade da não aprovação em mim. Como se eu quisesse fazer algum tipo de autopromoção, como se tivesse ego ou apego ao cargo. Digo para a nação alvinegra e para esses aliados do presidente que não tenho apego nenhum ao cargo da presidência do Conselho. Pelo contrario. Estou à disposição para inclusive entregar o cargo e renunciar essa missão, desde que o presidente da Executiva aceite uma emenda ao estatuto atual e coloque a previsão do sócio-torcedor votar para 2024", disse.
O movimento é mais um capítulo no agitado cenário dos bastidores políticos do Ceará, que, nos últimos meses, estão mais quentes que nunca. O clube atravessa a maior crise política de sua história e, no meio de todo o imbróglio, está a reforma estatutária e a participação do sócio-torcedor na votação para escolha da Diretoria Executiva.
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