Os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 começam nesta quarta-feira (28). Para esta edição, a delegação brasileira possui 280 atletas, de 16 a 64 anos, sendo a segunda maior da história do país, abaixo apenas de 2016, quando Rio de Janeiro foi sede do evento. Além da grande quantidade de atletas paralímpicos, esta é será as Paralimpíadas com a maior quantidade de brasileiras na história - com 117 mulheres em sua delegação.
Destes 280 atletas brasileiros, 255 deles são esportistas com deficiência. O restante do time é formado por 19 atletas-guia ( 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.
Os atletas, que possuem origem em 23 dos 26 estados, além do Distrito Federal, estão representados em 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos não conseguindo vaga em, apenas, duas modalidades - no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.
Para estes Jogos, a delegação busca seu melhor desempenho na história. A melhor campanha veio nas últimas Olimpíadas, em Tóquio 2020, com a sétima posição no quadro geral, com 72 medalhas, sendo 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Em Paris, o objetivo ousado do Comitê Paralímpico do Brasil é terminar a competição pela primeira vez no top 5.
CEARENSE NOS JOGOS
A expectativa em relação à participação cearense nestes Jogos Paraçímpicos são reais de medalha. O principal deles é o atleta-guia cearense Henrique Barreto, natural de Jaguaretama e revelado na Universidade de Fortaleza (Unifor), estará correndo ao lado do sul-matogrossense Yeltsin Jacques, na categoria T11 do atletismo, para deficientes visuais.
Os dois foram campeões mundiais dos 5000 metros em Kobe, no Japão, com direito a recorde mundial: 14min53s97. Yeltsin é o atual campeão paralímpico da prova e favorito ao bi. No desporto paralímpico, os guias ganham medalhas junto com os atletas guiados.
Outro cearense habituado ao pódio paralímpico é Maciel Santos, da classe BC2 da bocha (para atletas com paralisia cerebral que não recebem assistência). Natural de Crateús, ele foi bronze individual em Tóquio 2020, prata por equipes na Rio 2016 e ouro individual em Londres 2012.
Outro grande nome cearense na competição será a nadadora cearense Edênia Garcia, que vai a Paris disputar sua sexta paralimpíada. Natural do Crato, ela competirá na classe S3, para atletas com deficiência motora de alto grau no tronco e nas pernas. Aos 37 anos, ela é uma das nadadoras mais experientes da delegação brasileira.
Se Edênia é uma das mais experientes, o atleta Eugênio Santana Franco, de 64 anos, da classe W1 do tiro com arco, para atletas com deficiências graves em três ou quatro membros, é o atleta mais velho da delegação brasileira. Natural de Beberibe, Eugênio fará sua estreia paralímpica após conquistar o campeonato pan-americano.