Goleiro Fernando Prass completa 100 jogos no Palmeiras

A partida será contra o XV de Piracicaba, no estádio alviverde

No início do ano, Fernando Prass demonstrava certa contrariedade. Os rumores eram que o Palmeiras contrataria outro goleiro. Isso aconteceu. O clube tirou Aranha do Santos. A desconfiança durou pouco porque ele manteve a posição de titular.

Não apenas isso. Neste domingo (15), contra o XV de Piracicaba, às 11h, no estádio alviverde, ele completará cem partidas pelo Palmeiras. "Quando você atinge uma marca dessas, é porque tem uma certa identificação com o clube. Acho que correspondi em campo e fui muito bem recebido pelos outros jogadores e pela torcida. Estou satisfeito aqui", declarou. 

A estatística poderia ser ainda maior. Contratado no início de 2013, Prass sofreu duas contusões que o afastaram dos gramados. Em sua primeira temporada, ficou no departamento médico por dois meses por causa de uma lesão no ombro esquerdo.

Em 2014, teve de operar o cotovelo direito e não jogou por cerca de cinco meses. "Por isso tudo, acho que vou valorizar mais quando chegar a 200 ou 300 jogos pelo clube. É uma marca [cem partidas] boa, especialmente depois de tudo o que passei aqui no Palmeiras", afirma.

O goleiro fez parte de todo o processo de reformulação iniciado na Série B do Brasileiro de 2013, torneio no qual a equipe foi campeã. Em parte por causa de suas defesas, o Palmeiras se manteve na elite do Nacional, em 2014.

Aos 36 anos, Prass é uma das lideranças do elenco pelo seu estilo tranquilo e com pés no chão. É o atleta que desde os tempos de Vasco da Gama guarda mais da metade do salário que recebe e investe o dinheiro para garantir uma vida confortável quando deixar o futebol. Com contrato até o final do ano, ele não tem ideia se vai continuar no Palmeiras, embora não cogite pendurar as chuteiras. Se assinar um novo acordo em 2016, será possível atingir as 200 ou até 300 partidas, dependendo da duração do documento.

"Não penso nisso [renovação]. Penso no campeonato [Paulista]. A renovação pode acontecer seis meses antes de acabar o contrato, no último dia ou pode não acontecer. É uma coisa que depende da relação entre clube e jogador."

A relação, por enquanto, é boa. Mesmo nos piores momentos do ano passado, quando o rebaixamento era uma possibilidade real, ele não foi criticado pela torcida. E agora retribui a confiança. "O normal, depois do que aconteceu em 2014, era pouca gente vir ao estádio, reclamar que o time é ruim, que o ingresso é caro, que a economia do país está uma m... A torcida do Palmeiras faz o contrário. São 30 mil pessoas todos os jogos passando energia boa", elogia o goleiro.


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