Maior investimento do Alvinegro foi em compra de direitos econômicos
O Ceará divulgou o balanço financeiro de 2023, aprovado na noite desta terça-feira (31) na reunião do Conselho Deliberativo. O clube teve uma receita de mais de 131 milhões de reais. O documento de 35 páginas ressalta a redução expressiva no montante após a queda para a Série B, em 2022. O clube buscou se readequar a nova realidade financeira, com foco na reestruturação do futebol profissional. No entanto, o clube conseguiu reduzir o déficit em 87%, se comparado ao ano passado.
RECEITA
Em 2023, o montante de R$ 131.172.022 de reais soma a receita operacional líquida e a financeira. Ano em que o clube conseguiu o maior patrocinador master da história, a Estrela Bet, que investiu R$ 30 milhões de reais. Principal receita do clube nos últimos anos vem dos Direitos de Transmissão, de acordo com o relatório.
Após a queda de divisão no Brasileiro, a redução foi de cerca de 45 milhões de reais, o que representa uma queda de 80% se comparado ao ano anterior. O texto traz ainda que em 2022 o valor líquido arrecadado nessa esfera representava "40% do total das receitas, em 2023 passou a representar apenas 12%."
Outra baixa importante veio na arrecadação com bilheteria. Com jogos de portões fechados, a não participação na Copa Sul-Americana e a presença reduzida de torcedores de times adversários, foram quase 6 milhões de reais a menos no caixa.
INVESTIMENTOS E GASTOS
Os gastos do clube ficaram em R$ 131.953.247. A maior despesa do Alvinegro ficou com pessoal e encargos, no valor de R$ 54.759.840,46 milhões. Em segundo, as despesas gerais e administrativas (mais de R$ 33 milhões). Já o maior investimento feito foi direcionado para a compra de direitos econômicos de atletas (R$ 22.737,73 milhões). No geral, o clube fecha o balanço com saldo negativo de R$ 781.225 mil reais. O número é 87% menor que o de 2022, quando o Ceará encerrou a temporada com mais de 6 milhões de déficit.