O argentino Gigena havia sido procurado pelo Fortaleza em outras três ocasiões, mas ainda não pode estrear pelo Leão
Apesar de ter chegado à capital cearense na última segunda-feira, somente ontem à tarde foi que o centroavante argentino, Darío Gigena foi apresentado à torcida do Fortaleza, no Estádio Alcides Santos. Devido a um mal-entendido no momento das negociações por telefone, entre um dos diretores de futebol do clube, Fernando Morais e o empresário do jogador, José Kayana, a contratação não foi ainda, de todo, satisfatória, visto que o atleta só poderá jogar no dia 4 de agosto.
De acordo com a janela internacional de transferência de jogadores do exterior para o Brasil, ele teria que estar sem contrato com alguma agremiação desde o ano passado, mas Gigena atuou a última vez pelo Once Caldas, da Colômbia, no dia 12 de maio deste ano, quando houve o empate contra o Deportivo Cali. Dessa forma, tem que esperar a janela de transferência do mês de agosto e assim poder ser utilizado noCampeonato Brasileiro.
Fernando Morais, representante do patrocinador do clube, Santana Textil, disse que a pressa em trazer mais um jogador de referência para vestir a camisa nove acabou atrapalhando o entendimento da situação contratual de Gigena.
“No Fortaleza, nós fazemos as coisas com muita responsabilidade . Houve, de minha parte, uma pressa em resolver a contratação. Indaguei do empresário se ele sabia da janela de transferência e se o jogador estava sem contrato ou não. Nisso, ocorreu o problema, mas já está tudo contornado”, disse. Dessa maneira, Gigena ficará treinando no Pici, mas só receberá salários a partir de agosto, quando estiver jogando. A transferência do argentino chegará em torno de 25 dias.
Gigena não fala quase nada em português, mas entendeu as perguntas que lhe foram feitas pelos repórteres. “Estou muito satisfeito aqui. No futebol brasileiro, estive pela última vez em 2003, jogando pela Ponte Preta. Minha vontade é de jogar logo, marcar gols e triunfar”, falou ele, dentro do que se pôde entender do seu espanhol. Indagado sobre suas caraterísticas, respondeu que possui muita raça e joga na área, entre os zagueiros rivais. Segundo suas próprias palavras, garante que marcou 22 gols na temporada e, na carreira, já tem 130 anotados.
Levado pelos dirigentes para junto do alambrado, Gigena cumprimentou a torcida e a deixou satisfeita, especialmente pelo fato de que tem um leão tatuado nas costas. Esta foi a sua primeira tatuagem, feita quando tinha 18 anos e nem sonhava vir jogar no clube que tem este mascote e símbolo.
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