'Esquecidos' do Leão precisam de ritmo para entrar no rodízio

Atletas antes mais aproveitados por Rogério Ceni somam apenas 151 minutos na Série A do Brasileirão e precisam entrar no necessário rodízio do elenco tricolor durante o restante da temporada

Legenda: Tiago Orobó teve pouca chance no Fortaleza com o técnico Rogério Ceni
Foto: Bruno Oliveira / Fortaleza

O empate com o Atlético/GO em casa pode ser visto como resultado negativo para o Fortaleza por ter desperdiçado tantas chances de gol e a oportunidade de afastar um adversário direto no meio da tabela de classificação do Brasileirão.

Após o duelo, o técnico Rogério Ceni novamente contestou a falta de reforços para o time durante a coletiva. "Temos que conversar, ver com a direção. Estamos tentando contratações, não estamos conseguindo concretizar essas vindas, e não podemos perder jogadores lesionados. Às vezes, as pessoas não entendem, mas, temos que manter esse grupo em funcionamento. Se quebrar um ou dois jogadores, vai ser em sequência porque vão ser forçados", reclamou o comandante do Tricolor do Pici.

Durante a coletiva pós-jogo, o treinador foi questionado quanto à pouca minutagem dada a atletas do setor ofensivo, como Tiago Orobó, Éderson e Mariano Vázquez. Rodar o elenco em um campeonato tão corrido é fundamental para manter o ritmo e o nível constante. Porém, Ceni não acredita que essas peças devam ser usadas tão cedo.

"São jogadores importantes pro grupo, mas não cabe todo mundo pra jogar. Pode ser que apareçam oportunidades para entrar e mostrar o seu valor, como já tiveram nesse ano. É uma questão de, conforme forem apertando os jogos, vermos quem vamos usar", comentou o treinador.

Tiago Orobó foi contratado em junho, então artilheiro do Brasil, chegou como forte opção para o ataque, atuou em quatro jogos seguidos (três no Cearense) e passou a esquentar o banco. Nos últimos 13 duelos, entrou em apenas quatro vindo do banco durante o fim do 2º tempo. Ao todo, somente um gol marcado em seu período no Pici, na semifinal contra o Guarany de Sobral.

Já Mariano Vázquez, nas últimas 15 partidas, foi titular em apenas uma e veio do banco na 2ª etapa em cinco, enquanto Éderson começou jogando uma vez e entrou como reserva em outra no mesmo intervalo. Nenhum dos dois teve participação direta em gols.

Outros nomes pouco aproveitados são o experiente Derley e Luiz Henrique, este vindo como revelação da base do Flamengo. O camisa 8 jogou duas vezes no Brasileirão (Grêmio e Athletico/PR) enquanto o número 88 atuou somente uma (Grêmio), ambos vindo do banco para segurar o empate.

Os cinco "esquecidos" citados somam 151 minutos em campo e precisam de tempo de jogo para retomar a melhor forma e contribuir no rodízio para a maratona de confrontos, ainda com uma final de Cearense e o mata-mata da Copa do Brasil para encarar. Um detalhe importante é que todos conseguem desempenhar mais de uma função nas quatro linhas, sendo trunfos táticos para o time.

O próximo adversário do Leão é o Atlético/MG, líder da Série A, com calendário mais folgado e uma equipe mais técnica e veloz. "Lógico que o Atlético/MG é um time que investiu muito dinheiro, fez um time praticamente novo. Tem um elenco maior do que o nosso, mas nós vamos fazer um time que consiga competir contra um estilo de jogo que é de alta intensidade o tempo todo, principalmente que só tem uma competição", analisou Rogério Ceni.

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