O SuperKite Brasil chega à 16ª edição, das quais 14 já foram realizadas no Ceará, e seu legado pode ser conferido ao observarmos quem são os riders que representarão o Brasil na etapa que definirá os campeões mundiais de freestyle 2019.
Dos 50 competidores inscritos, 11 são brasileiros, destes 9 cearenses. Além deles, mais 6 cearenses se classificaram no qualifier realizado nesta segunda (18), que liberou 6 wildcards (4 masculinos e 2 femininos) específicos para velejadores cearenses. Essa participação comprova o legado que o evento vem construindo ao longo dos anos a favor dos talentos nativos do Cumbuco e Cauípe. A maioria esmagadora deles vem de lá. Jovens simples com potenciais gigantes.
"Temos aqui no Cumbuco e Cauípe velejadores do mais alto nível internacional, que já deveriam estar correndo o circuito, pois estão prontos para serem competitivos e brilharem em qualquer etapa do mundial. Por isso, ter o SuperKite sendo realizado aqui, na nossa praia, nos conectando aos melhores do mundo, em um evento com projeção internacional, é fundamental para todos pois funciona como uma grande vitrine para o kitesurfe profissional", nos explica o tetracampeão mundial Carlos Mário Bebê, que este ano não compete por estar com o joelho machucado e focado em sua recuperação para o retorno em 2020.
Exemplo
Um bom exemplo do impacto que o SuperKite oferta aos competidores locais é a trajetória do cearense Erick Anderson. Talentoso, mas sem apoio financeiro, ele conseguiu, no ano passado, um dos wildcards disponíveis no qualifier. Era sua primeira grande chance de mostrar ao mundo todo o seu potencial.
O garoto de 20 anos agarrou seu sonho e entrou na água superando nomes fortíssimos para garantir, em sua estreia, o 3º lugar em uma etapa de mundial. O resultado abriu algumas portas e o levou a conseguir participar de outras etapas do circuito deste ano, tendo ganho inclusive o reconhecimento de melhor manobra na etapa realizada em Dakhla, no Marrocos. Hoje, aos 21 anos, Erick chega como nome forte dentre os favoritos para vencer a etapa.
Além dele estão inscritos: Alex Neto e Set Teixeira, que figuram entre os top 10 mundiais; Kalu de Souza, Manoel Soares, Rafael Monteiro, Bruno Vasconcelos, Mateus Mendes, João Lucas e Davi Ribeiro, que aos 11 anos é considerado um potencial campeão mundial por sua performance sempre impressionante competindo contra os melhores, independente da idade e sendo forjado em alto nível.
Através dos wildcards, também entram na competição os também cearenses Eriswerton Ribeiro, Gabriel Galdino, Francisco Ferreira e Victor Manuel, além de Estefania Rosa e Angélica Freitas no feminino.
O SuperKite começa nesta terça-feira, dia 19, e vai até sábado dia 23. Nele, será definido o campeão mundial masculino após 6 etapas realizadas na França, Espanha (3), Ilhas Maurícias e Marrocos.
Favoritos
Os favoritos ao título são Adeuri Corniel, atleta da República Dominicana, vice-campeão do SuperKite 2018 e atual líder do ranking, o colombiano Valentin Rodriguez e o suíço Maxime Chabloz.
Já no feminino, preparem-se para mais um show de técnica e habilidade da cearense MIkaili Sol, que após vencer sua etapa de estreia no mundial de strapless, realizado semana passada na Praia do Preá, chega ao Cumbuco para ser coroada tricampeã mundial no freestyle. Mesmo assim, ela quer vencer em casa e para isso precisará passar por outra brasileira bicampeã mundial, a paulista Bruna Kajiva. Além dela, a tcheca Paula Novotna compõe o trio de favoritas.
O SuperKite começa nesta terça-feira, dia 19, e vai até sábado dia 23. Nele será definido o campeão mundial masculino após etapas realizadas na França, Espanha, Ilhas Maurícias e Marrocos
+
São 20 mil euros em premiação, que significam quase 100 mil reais para os campeões
A Praia do Cumbuco é reconhecida como meca do kitesurf, tendo sediado seu 1º mundial em 2003