Breaking nas Olimpíadas de Paris: sem brasileiros na disputa, veja como vai funcionar a competição

A modalidade é uma das apostas do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atrair um público mais jovem aos Jogos

Legenda: Na primeira fase, os 16 competidores de cada categoria se dividem em quatro grupos para duelarem entre si
Foto: Adam Hunger / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O Breaking, modalidade estreante nos Jogos Olímpicos, terá sua primeira competição na história das Olimpíadas nesta sexta-feira (9), às 11h (de Brasília), na Place le la Concorde (Praça da Concórdia), com a final marcada para o mesmo dia, às 16h15. Ao todo, 16 competidores, tanto no masculino quanto feminino, participam da competição.

Apesar de possuir destaque no esporte, o Brasil não terá representantes na primeira participação olímpica da modalidade. Leony Pinheiro e Mayara Collins chegaram a disputar o Pré-Olímpico em Budapeste, na Hungria, mas não conseguiram garantir suas vagas em Paris-2024.

COMO FUNCIONA A COMPETIÇÃO

Na competição, os dançarinos farão três apresentações de um minuto em batalhas individuais, com trilhas de musicais de DJs e MCs (mestre de cerimônias), que conduzem a apresentação. Nesse momento, os competidores precisam improvisar com criatividade à medida que os juízes avaliam cinco critérios, como: técnica, execução, musicalidade, vocabulário (a variedade dos movimentos) e originalidade.

Na primeira fase, os 16 competidores de cada categoria se dividem em quatro grupos para duelarem entre si. Os dois primeiros colocados avançam às quartas de final no sistema eliminatório. Com base no ranking da etapa preliminar, os confrontos se desenham do primeiro ao último classificado até a final.

Além das notas, relacionadas aos cinco critérios avaliados, os árbitros sinalizam com um controle digital “deslizante” quem está vencendo o confronto no momento. Cada categoria representa 20% da pontuação final. Os movimentos envolvem acrobacias com os pés, cambalhotas e giros de cabeça para baixo.

Por serem os atuais campeões mundiais, tanto no masculino como no feminino, respectivamente, o estadunidense, Victor Montalvo, e a lituana, Dominika Banevic, são apontados como favoritos ao ouro na modalidade.

HISTÓRIA DO ESPORTE

O breaking, que já havia estreado na Olimpíada da Juventude de Buenos Aires, em 2018, é um estilo de dança urbana criado em Nova York, Estados Unidos, na década de 1970, nas block parties (festas de quarteirão). Inspirada na cultura hip-hop, a modalidade é uma das apostas do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atrair um público mais jovem aos Jogos com movimentos acrobáticos e técnicos dos b-boys e b-girls (homens e mulheres que praticam o esporte), enquanto acompanham o estilo musical.

Embora a estreia olímpica já represente um marco para o esporte, o breaking está fora da programação de Los Angeles-2028. Contudo, a Federação Mundial de Dança Desportiva aposta no sucesso em Paris para entrar nos Jogos de Brisbane, Austrália, em 2032.