Barroca reclama de desgaste físico e excesso de viagens do Ceará na Série B: 'impotência física'

Alvinegro volta a jogar na sexta-feira, contra a Chapecoense

Legenda: Eduardo Barroca teve a semana cheia para trabalhar visando a partida diante do Criciúma.
Foto: Felipe Santos / Ceará SC

O Ceará foi derrotado pelo Novorizontino por 3 a 0 na Arena Castelão. Em primeiro jogo com público após punição do STJD, o Alvinegro teve a sequência de vitórias quebrada pelo adversário. Em coletiva de imprensa após a partida deste domingo (28), o técnico Eduardo Barroca pontuou o desgaste físico da equipe, citou erros do time e destacou a força da torcida nas arquibancadas. 

“A gente vem de dois jogos fora de casa extremamente desgastantes. Em toda a minha carreira, eu nunca dirigi uma equipe como eu vi hoje à beira do campo, tão desgastada. Além de todo o mérito do Novorizontino, além das dificuldades coletivas que a gente teve, a gente também não teve força. Terminamos o jogo com Erick, Chay e Jean Carlos sem condição de permanecer. Teoricamente, a gente terminou com 7 jogadores em condições dignas de terminar o jogo”, explicou o técnico. 

Em toda minha carreira como treinador nunca tive o sentimento que eu tive hoje de impotência física. O Novorizontino também fez um jogo de muita imposição física, e a gente acabou sucumbindo a isso. Vamos ter que tirar diversas lições. A gente sempre falou que o campeonato era de consistência e regularidade, e nosso maior desafio agora é conseguir recuperar esses jogadores fisicamente, mostrar a eles as dificuldades e como ajustar. Não sei se vou conseguir dar o treino que eu gostaria para ajustar tudo que aconteceu diante do desgaste físico acumulado. Praticamente venho de quatro jogos repetindo a mesma equipe (...). Mantive uma base e hoje ficou muito evidente o acumulado, a viagem... Mas enfim, não é desculpa. São evidências e é meu trabalho, dentro desse cenário,tentar encontrar soluções, para que no próximo jogo a gente consiga fazer uma partida melhor.
Eduardo Barroca
Técnico do Ceará

O Novorizontino garantiu a vitória em cima do Ceará com gols de Aylon, Geovane e Léo Tocantins. O técnico citou os erros do time e o que precisa ser melhorado.

“Era um jogo taticamente diferente de todos os outros da Série B, porque o Novorizontino jogava numa linha de cinco, encaixava num 5-3-2. É uma equipe que não dá muito espaço nas costas. Então você teria que jogar a frente da linha de 5 deles... (...)Na primeira metade do 1T a gente teve dificuldade de encaixar uma imposição de jogo. Depois, acho até que a gente teve umas oportunidades. Mas não conseguimos fazer um jogo de imposição. (...) Procuramos tentar ajustar posicionamento, parte tática do que o jogo pedia. E sofremos o segundo gol, e aí depois o jogo ficou totalmente caracterizado. Sofremos o terceiro e poderíamos até ter sofrido mais pelo que o jogo apresentou”, avaliou.

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Após ser punido com oito jogos de portões fechados pelo STJD, o Ceará voltou a ter público no estádio de Série B justo diante do Novorizontino. Quase 40 mil mulheres, crianças e PCDs lotaram a Arena Castelão para apoiar o time. 

“Foi um dia que a gente que tá no futebol há um tempo acaba perdendo um pouco dessa sensibilidade. (...) E hoje, a experiência que eu tive aqui me reavivou um sentimento importante de se ter, de manter vivo dentro dos profissionais de futebol também. Foi bonito o que aconteceu do início ao fim, mesmo com a gente não jogando bem, mesmo perdendo o jogo, fomos apoiados o tempo todo”, finalizou. 

O próximo desafio do Vovô será diante da Chapecoense, também na Arena Castelão. Os times se enfrentam nesta sexta-feira (2), às 19h (de Brasília).

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