Caboclo assume CBF falando sobre isenção e autocrítica

Novo presidente da entidade terá oito vice-presidentes em sua gestão

Legenda: Rogério Caboclo com Gianni Infantino, presidente da Fifa
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Depois de mais de um ano como presidente de fato, Rogério Caboclo assumiu oficialmente o comando do futebol brasileiro. Prometendo "total independência", o paulista foi empossado novo presidente da CBF para um mandato de quatro anos. Em 2023, poderá tentar a reeleição. Eleito em abril do ano passado após articulação de Marco Polo Del Nero, banido do futebol pela Fifa, Caboclo procurou mostrar isenção.

"Quero deixar claro minha total independência, dentro dos limites estatutários, para fazer tudo aquilo que eu acredito", afirmou o novo presidente da CBF no discurso de posse, que contou com a presença do presidente da Fifa, Gianni Infantino. "Não vou tolerar nenhuma prática duvidosa".

Reconhecendo o "forte desgaste" que a CBF passou nos últimos anos - um ex-presidente está preso nos Estados Unidos e outros dois não deixam o País receosos de terem o mesmo destino -, Caboclo disse que quer mudar o jogo. Segundo ele, sua gestão será baseada "em dois pilares, o da integridade e da eficiência".

Rogério Caboclo também se definiu como um "inconformado" e disse que será aberto a críticas e a novas ideias. "Estas serão as duas marcas da minha gestão: a vontade de fazer mais e melhor e a abertura para que pessoas qualificadas participem das decisões da CBF, abrindo espaços relevantes para ex-jogadores".

Apadrinhamento

O dirigente chegou à CBF em 2014 pelas mãos de Marco Polo Del Nero, que assumiria a presidência da entidade no ano seguinte, mas não terminaria o mandato. A função de Caboclo não era lidar diretamente com o futebol, mas sim colocar a gestão da entidade em ordem, como CEO.

Com o afastamento de Del Nero, o coronel Antônio Carlos Nunes de Lima - paraense que se tornara vice da CBF representando a região Sudeste - se tornou presidente. Mas nunca exerceu de fato a função. Quem comandou a entidade desde então foi o próprio Rogério Caboclo, responsável inclusive por renovar o contrato de Tite na Seleção Brasileira em julho do ano passado.

Nesta nova - e oficial - gestão, Caboclo terá oito vice-presidentes. Desses, quatro foram vices de Marco Polo Del Nero: Fernando Sarney (Maranhão), Gustavo Feijó (Alagoas), Marcus Vicente (Espírito Santo) e o coronel Nunes (Pará).


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