Outro pacote de joias foi enviado por sauditas a Bolsonaro, indica recibo

O segundo pacote inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard

Escrito por Redação ,
Legenda: Joias preciosas entregues pelo governo da Árabia Saudita devem ser devolvidas por Bolsonaro
Foto: Reprodução

Outro pacote foi enviado pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Recibo oficial aponta que o suposto presente foi entregue pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque para compor o acervo pessoal de Bolsonaro em novembro de 2022. As informações são da Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, mais de um pacote teria sido entregue pelo governo saudita em função da missão brasileira que esteve no país em outubro de 2021.

Um deles é um conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões e seria para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Este pacote ficou retido pela Receita no Aeroporto de Guarulhos (SP) durante o desembarque de Albuquerque.

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O segundo pacote inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Estes seriam destinados a Bolsonaro e estavam na bagagem de um dos integrantes da comitiva, que não foi parado pela Receita.

Em 29 de novembro do ano passado, os itens foram entregues ao Palácio do Planalto pelo então assessor especial do Ministério de Minas e Energia, Antônio Carlos Ramos de Barros Mello.

"Encaminho ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) caixa contendo os seguintes itens destinados ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro", afirma recibo de entrega.

Legenda: Conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões e seria para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro
Foto: Reprodução/Twitter

Em resposta à Folha, Mello disse que pediu orientações sobre os presentes assim que os itens chegaram à pasta. No entanto, a entrega só teria acontecido mais de um ano depois porque essas tratativas para definir o destino do material se estenderam.

"Foi entregue [ao Planalto em novembro de 2022] porque demorou-se muito nesse processo para dizer quem vai receber quem não vai receber, onde vai ficar onde não vai ficar. Só não podia ficar no ministério nem ninguém utilizar", afirmou o ex-assessor especial do ministério.

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