Motorista que recebeu R$131 milhões de banco por engano pode receber 10% do valor como recompensa

Caso ocorrem em junho de 2023, em Palmas, no Tocantins

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 21:43)
Antônio é um homem idoso, de bigode e cabelo grisalhos, e está mexendo em caixas
Legenda: Antônio não tem renda fixa. Ele trabalha como motorista de turismo
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O motorista Antônio Pereira do Nascimento, que recebeu R$ 131,8 milhões por engano em sua conta bancária, está pedindo 10% do valor total como recompensa, o que equivale à cerca de R$ 13 milhões. O caso aconteceu em Palmas, no Tocantins, em junho de 2023, e ganhou repercussão nacional. Conforme o g1, Antônio terá uma audiência de conciliação com o banco.

Ele ainda pede R$ 150 mil de indenização por danos morais, já que afirma ter sofrido abalo emocional e cobranças indevidas. Isso porque, após a transferência, a conta dele foi alterada para uma categoria mais avançada sem aviso prévio, passando a realizar uma cobrança de R$ 70, ao invés da antiga taxa de R$ 36. 

"A gente, que é honesto no Brasil, paga para ser honesto. Gastei combustível, andei no meu carro, saí de minha casa, perdi meu dia de serviço. Eu vi que tinham descontado R$ 70 da minha conta, porque me colocaram no 'VIP'. Aí, eu disse para eles: 'Que VIP? Eu não quero VIP'. O dinheiro não era meu, eu não vim devolver para vocês? Vocês me botaram na tarifa mais cara".
Antônio Pereira do Nascimento
Motorista

Ele é correntista do Bradesco há mais de 25 anos e depois da confusão, disse que voltou a ter os R$ 227 que já tinha na conta.

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'Pressão psicológica'

Em julho de 2024, ele abriu uma ação na 6ª Vara Cível de Palmas apontando que o gerente da agência bancária fez "pressão psicológica" para ele devolver o valor total, chegando a citar que "pessoas" iriam para a porta de sua casa aguardar a devolução do dinheiro. 

"O gerente do Banco Réu iniciou uma pressão psicológica sobre o Autor, insinuando a presença de 'pessoas' na porta de sua casa para aguardar a devolução do valor, tratando o Autor como um criminoso", destacou o documento.

A situação, segundo a defesa, gerou "danos psicológicos irreversíveis" para o motorista. Eles também alegam que a exposição midiática do caso trouxe preocupações sobre a exposição da intimidade da família do motorista.

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