MEC vai ouvir 100 mil estudantes e professores em pesquisa online sobre Novo Ensino Médio

Pesquisa tem início a partir do dia 8 de maio

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF
Legenda: Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Foto: Agência Senado/Marcos Oliveira

O Ministério da Educação (MEC) vai ouvir 100 mil estudantes e professores sobre o Novo Ensino Médio a partir do dia 8 de maio. A pesquisa vai ser realizada por meio do WhatsApp. As pessoas selecionadas por um instituto receberão um QR code pelo aplicativo de mensagens para participar. 

Já a população geral poderá opinar sobre a reforma a partir do dia 24 de abril na plataforma Participa Brasil, de forma remota. 

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Nesta terça-feira (18), a secretária executiva do MEC, Izolda Cela, participou do evento Educação Já, do Todos Pela Educação, em Brasília. Ela ouviu professores da plateia falar das dificuldades com o Novo Ensino Médio.

"Queremos evitar a polarização e um discurso plebiscitário. O que queremos é uma participação de qualidade, com proposições, situações reais que nos direcione para medidas com relação a implantação, alguma alteração no desenho do currículo".
Izolda Cela
Secretária executiva do MEC

Segundo Izolda, a pesquisa pelo WhatsApp deverá ser finalizada apenas em julho, portanto após o período de 90 dias estipulado para a consulta pública sobre o assunto no MEC. "Não vejo problema em prorrogar, desde que as coisas já estejam acontecendo", afirmou.

Consulta pública do MEC

Em março, o MEC abriu uma consulta pública após ser cobrado por medidas rápidas. Há duas semanas uma portaria sobre o cronograma da reforma foi suspensa pela pasta, o que fez com que o Enem de 2024 não mais seja adaptado ao novo currículo.

"O MEC vinha sendo cobrado para tomar uma atitude, mas a gente queria um governo mais democrático e precisamos ouvir as pessoas", declarou a secretaria da Educação Básica do MEC, Katia Schweickardt.

Além das pesquisas, será divulgado no fim do mês um calendário com reuniões sobre o Novo Ensino Médio com entidades representativas de estudantes, professores e especialistas, online e presenciais.

"Pelo amor de Deus não levem esse assunto para o Supremo, isso tem que ser decidido por educadores", disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, presente no evento. Segundo ele, o Novo Ensino Médio "parece um avanço". E "pior que um modelo ideal é um modelo que nunca se consolida". Para Barroso, as políticas educacionais precisam ter continuidade.

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