Lutador de jiu-jítsu que imobilizou congolês Moïse em morte brutal diz ter a 'consciência tranquila'

O suspeito chegou a amarrar mãos, pés e pescoço da vítima assassinada com pelo menos 30 golpes de taco de madeira

Escrito por Redação , pais@svm.com.br
congolês morto no rio
Legenda: Homem aparece nas imagens de segurança imobilizando a vítima
Foto: Reprodução

O responsável por derrubar e imobilizar o congolês Moïse Kabagambe é um lutador de jiu-jítsu, que afirmou à Polícia Civil estar com a "consciência tranquila", embora tenha participado da ação letal. Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos, é um dos três homens que tiveram a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro.

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Enquanto mantinha a vítima imobilizada, Brendon ainda amarrou as mãos, pés e pescoço do congolês para evitar uma possível perseguição. O lutador soube por uma cliente que Moïse havia parado de respirar. Neste momento, ele alegou que desamarrou o congolês e tentou reanimá-lo. Essas cenas aparecem nas câmeras de segurança do quiosque. 

Brendon segue o depoimento justificando que ao perceber a falta de reação, tentou jogar água nos pulsos da vítima e massagem cardíaca. Conforme ele, outro agressor, de apelido "Belo", chamou uma ambulância.

O suspeito complementou que estava em um quisque vizinho ao Tropicália, onde ocorreu o homicídio, quando percebeu uma confusão. Ele diz ter visto Moïse "metendo a mão no cooler" do estabelecimento e tentou evitar a ação.

Presos

Além de Brendon, também já estão detidos Fábio Pirineus e Aleson Cristiano. A Justiça do Rio decretou nessa quarta-feira (2) a prisão do trio, que responderá por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel. 

À polícia, Aleson Cristiano, afirmou agrediu o congolês com um bastão de madeira para "extravasar a raiva alguns dias". Ele disse que o congolês estava bêbado e falando muitos palavrões, ameaçando pessoas há dias. No dia da morte, Aleson falou que Kabamgabe teria tentado pegar uma cerveja sem pagar no quiosque, momento em que foi imobilizado. 

Contudo, os familiares contestam a versão do agressor e defendem que o jovem foi ao quiosque Tropicália cobrar uma dívida de R$ 200 por dois dias de trabalho não recebidos.

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