Justiça decreta prisão de diretora de escola de SP investigada por vídeos com maus-tratos a crianças

Roberta Regina Rossi Serme não foi localizada pela polícia

Escrito por Redação ,
Roberta Regina Rossi Serme
Legenda: Justiça decreta prisão de diretora de escola de SP investigada por vídeos de maus-tratos a crianças
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça decretou nesta terça-feira (22) a prisão temporária da diretora da escola infantil particular da Zona Leste de São Paulo, investigada por suspeita de maus-tratos e periclitação de vida, ou seja, o ator de colocar a saúde das crianças em risco. As informações são do G1

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O caso veio à tona no começo de março, após a circulação nas redes sociais de vídeos que mostram crianças chorando com os braços presos por panos, como se estivessem imobilizadas por 'camisas de força'. As imagens mostram elas sentadas em cadeirinhas de bebês, no chão de um banheiro.

Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, não foi localizada pela polícia, que compareceu em três endereços para cumprir o mandado de prisão. Além de diretora, ela é uma das sócias proprietárias da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica. Até a publicação desta matéria, ela não havia se entregado às autoridades.

A defesa de Roberta não foi localizada nesta quarta-feira (23) pelo G1. André Dias, advogado da diretora, negou em outras ocasiões que sua cliente tenha amarrado ou mandado amarrar as crianças. Para ele, algum funcionário descontente forjou a cena para prejudicar a direção. 

"Considerando que a Justiça determinou o sigilo das investigações, algumas informações ainda não podem ser divulgadas. Por exemplo, a pessoa que efetivamente gravou esses vídeos, montou aquela cena pra fazer a gravação dos vídeos, e também ainda não podemos divulgar o apoio externo que essa pessoa recebeu pra fazer a confecção desses vídeos", disse André em entrevista ao Jornal Nacional, na semana passada. 

Investigação em andamento

A investigação do caso segue pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional, que tenta descobrir se mais pessoas que trabalham na escola podem ter participado dos maus-tratos aos alunos.

A polícia ainda procura saber quem amarrou os bebês e quem gravou o vídeo. Dezenove pessoas já foram ouvidas no inquérito, sendo 12 pais de alunos e sete funcionários da escolinha, incluindo professoras, empregadas e a diretora. Mais 21 pessoas serão ouvidas nesta semana.

Ao G1, professoras disseram que eram orientadas por Roberta a amarrar os bebês no banheiro para eles não serem ouvidos chorando por quem passava pela rua. Além das filmagens e depoimentos de professoras e funcionárias à polícia, mães contaram que seus filhos chegavam em casa com ferimentos pelo corpo. Um deles chegou a ser internado por dois dias com falta de ar em 2021.

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