Jovem contrai raiva humana após ser arranhado por gato e vai parar na UTI no Distrito Federal
Adolescente apresentou sintomas como dores no corpo, nas articulações e nos olhos
Um jovem está internado em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do Distrito Federal, após contrair raiva humana ao ser arranhado por um gato. O caso foi relatado pelo Governo à imprensa local nesta quarta-feira (6).
A pasta aproveitou a ocorrência para anunciar que antecipou para hoje a campanha de vacinação antirrábica. Segundo o portal Uol, com informações da Secretaria da Saúde, o Distrito Federal não registrava casos da doença em humanos desde 1978. Em cães, o último caso diagnosticado foi em 2000 e, em gatos, em 2001.
O caso
O jovem, cuja identidade foi preservada a pedido da família, tem entre 15 e 19 anos de idade. Ele foi arranhado no braço por um gato desconhecido no último dia 15 de junho. Uma semana depois, de acordo com o Uol, começou a apresentar sintomas como dores no corpo, nas articulações e nos olhos.
"Existem dois tratamentos: o tratamento com soro e o tratamento com vacina. Com vacina é profilático, mas a proteção que vai promover para a pessoa que se expôs ao risco demora um tempo maior. O soro é uma proteção natural, então, vai inibir qualquer infecção imediata. Quem tem condições de avaliar é o profissional da saúde", disse o diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde, Fabiano Martins.
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Prevenção
Ainda conforme o epidemiologista, a raiva é uma doença que pode ser prevenida. "O simples ato de lavar a lesão com água e sabão a partir do incidente é capaz de diminuir as chances de haver contaminação. Claro que essa medida isolada não resolve, mas, se a pessoa não faz isso em casa, quando vai ao hospital, o primeiro procedimento tomado é lavar o local", disse.
Além disso, o diretor-substituto de Vigilância Ambiental da Secretaria, Lauricio Monteiro Cruz, ressaltou que, em casos semelhantes, de arranhão por um gato desconhecido, não se deve fazer mal ao animal.
O vírus da raiva fica na saliva de animais infectados e é transmitido, principalmente, por mordidas e, eventualmente, por arranhões ou lambidas de mucosas ou pele lesionada.