Homem que afirma ter participação na morte do congolês Moïse Kabamgabe se apresenta à polícia
Kabamgabe foi agredido até morrer, após cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas em um quiosque na orla da Barra, no Rio de Janeiro
Um homem que diz ser um dos autores das agressões que resultaram na morte do congolês Moïse Kabamgabe, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, apresentou-se na 34ª Delegacia de Polícia de Bangu, nesta terça-feira (1º). Por volta das 14h, o suspeito foi levado para a Delegacia de Homicídios (DH) do Rio. As informações são do g1.
Nesta terça, o dono do quiosque também deve ser ouvido na DH do Rio. Os advogados do estabelecimento chegaram à DH, na Barra, ainda durante a manhã, mas se recusaram a falar com a imprensa.
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Moïse Kabamgabe foi espancado até a morte, no último dia 24 de janeiro, após cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na orla da Barra, segundo afirma a deputada estadual Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque. Segundo testemunhas, o congolês apanhou de mais de um agressor, que usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Kabamgabe foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida. Os familiares dele, porém, souberam da morte somente na manhã da terça-feira (25), quase 12 horas após o crime.
Conforme o g1, Moïse nasceu no Congo, na África, mas veio para o Brasil, em 2014, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome, junto à mãe e os irmãos. Ele trabalhava por diárias no quiosque perto do Posto 8, na Barra da Tijuca.