Família dos sete mortos no DF cria vaquinha para custear enterros; meta é de R$ 50 mil

Três pessoas seguem desaparecidas

Escrito por Redação ,
Polícia Civil do Distrito Federal divulga imagens de cativeiro em que parte de família desaparecida teria sido mantida refém
Legenda: Suspeito disse que as reféns ficaram cerca de cinco dias presas no local
Foto: reprodução

Membros da família que teve sete pessoas mortas no Distrito Federal organizaram uma vaquinha para custear os enterros dos corpos. A meta de arrecadação é de R$ 50 mil.

Na página da vaquinha, no site 'Vakinha', a família ressalta que não tem condições de pagar o velório, o enterro e o transporte de todos os mortos. 

"Viemos pedir a ajuda de vocês, infelizmente isso aconteceu com a nossa família toda de uma vez, e por isso, precisamos da ajuda de vocês para podermos nos despedir deles da forma que merecem", diz a descrição do pedido de ajuda.

Sete corpos ligados ao caso já foram encontrados e outras três pessoas seguem desaparecidas. Entre as vítimas, estão três crianças, filhas da cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos.

Seis cadáveres foram achados carbonizados em veículos da família. E outro corpo, do sogro de Elizamar, foi encontrado no cativeiro aonde parte das vítimas foi mantida.

Apesar de nem todos terem sido oficialmente identificados, a Polícia tem como tese preliminar de que eles pertencem a: 

  • Cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos (identidade confirmada pela Polícia);
  • Os três filhos dela com Thiago: os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos (identidades confirmadas pela Polícia);
  • A sogra de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, e esposa de Marcos Antônio;
  • O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, e esposo de Renata (identidade confirmada pela Polícia);
  • A cunhada de Elizamar, Gabriela Belchior, de 24 anos, irmã de Thiago e filha de Marcos Antônio com Renata Juliene Belchior.

Ainda seguem desaparecidos o marido da cabeleireira, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos; a ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina, e a filha deles, Ana Beatriz.

Chacina de família

O desaparecimento de membros da mesma família, reportado em 12 de janeiro, chocou o país. Três suspeitos foram presos na terça-feira: um homem de 34 anos, detido à noite, que seria responsável por vigiar o cativeiro, e outros dois, de 56 e 49 anos, capturados anteriormente.

Um dos detidos disse em depoimento que a série de assassinatos foi realizada a mando de Marcos Antônio e Thiago, com a intenção de roubar os familiares e fugir. 

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A Polícia descartou a versão dada pelo preso após encontrar o corpo de Marcos Antônio. Após a confirmação da identidade dele, a Polícia acredita que os demais desaparecidos também estão mortos.

O preso relatou que Renata Juliene Belchior e a filha dela, Gabriela Belchior, foram mantidas no cativeiro por cerca de cinco dias. Nesse período, conforme a publicação, elas foram ameaçadas com uma arma de fogo. 

O delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana, disse que as vítimas foram coagidas a entregar as senhas de aplicativos bancários aos criminosos, que teriam realizado transferências em dinheiro da conta delas com destino a outras supostamente ligadas a eles. Além disso, elas ainda teriam sido obrigadas a enviar mensagens a familiares em que informavam estarem bem. 

Conforme o portal g1, na casa de um dos presos suspeito de envolvimento no caso, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, a Polícia achou R$ 14 mil em espécie. Já na conta de outro — Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos —, os investigadores encontraram R$ 40 mil. A Polícia Civil suspeita que esse dinheiro seja das vítimas.

 

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