Família desaparecida no DF: quatro pessoas que ainda estão sumidas podem estar mortas, diz delegado

A Polícia Civil do Distrito Federal informou, nessa quinta-feira (19), que há indícios de que os quatro membros da mesma família que continuam desaparecidos estejam mortos. O grupo está supostamente envolvido no sumiço da cabeleireira Elizamar Silva, dos três filhos dela, da cunha e da sogra dela. 

O quarteto é formado pelo marido da mulher, Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, o sogro dela, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, e a ex-esposa dele, Cláudia Regina, e a filha dela, Ana Beatriz. As informações são do portal g1.    

A hipótese da corporação é de que os dez desaparecidos tenham sido assassinados ganhou força após o corpo de um homem adulto ser encontrado no local apontado pelas autoridades como suposto cativeiro de duas das vítimas, em Planaltina.

Se esse corpo se confirmar [como sendo] do Thiago ou do Marcos, [a tese] é que Gideon, Fabrício e Horácio [os três suspeitos presos] se associaram e, com fim de subtrair valores, mataram as pessoas da família do Marcos", disse o titular da 6ª Delegacia de Polícia, Ricardo Viana, à TV Globo.

Até quarta-feira (18), sete corpos supostamente ligados ao caso de desaparecimento foram encontrados, seis deles carbonizados. A Polícia ainda não identificou oficialmente os cadáveres, mas a tese inicial é de que eles sejam:

• A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
• Os três filhos dela e de Thiago: os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos;
• A sogra de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, esposa de Marcos Antônio;
• A cunhada de Elizamar, Gabriela Belchior, de 24 anos, irmã de Thiago e filha de Marcos Antônio com Renata Juliene Belchior.

Já os restos mortais encontrados no cativeiro é de um homem adulto. No entanto, não há informações sobre o paradeiro de: 

• O marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos;
• O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos;
• A ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina e a filha deles, Ana Beatriz.

Sequestro e extorsão 

Com as novas pistas, a Polícia suspeita que os crimes podem ter sido provocados por dinheiro. Elizamar tinha uma quantia guardada em uma conta bancária e Renata tinha cerca de R$ 400 mil, resultado da venda de uma casa em Santa Maria, no DF. Segundo as investigações, Cláudia Regina também teria vendido um imóvel, em dezembro de 2022, e possuía um valor significativo. As três mulheres teria sido escolhidas como alvos devido aos montantes. 

Na casa de um dos presos suspeito de envolvimento no caso, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, a Polícia achou R$ 14 mil em espécie. Já na conta de outro — Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos —, os investigadores encontraram R$ 40 mil. A Polícia Civil suspeita que esse dinheiro seja das vítimas.

Apesar dos indícios, o delegado Ricardo Viana destacou que não descartou a possibilidade de que Thiago e Marcos Antônio, respectivamente marido e sogro de Elizamar, tenham sido os mandantes do crime.