Estudante é proibida de entrar em escola por levar filha de 3 anos: 'disse que criança atrapalha'

Aluna afirma que não tinha com quem deixar a filha e foi barrada na entrada do colégio

Escrito por Redação ,
Maria Regina Pereira, estudante proibida de entrar em escola após levar filha de 3 anos em Roraima
Legenda: Maria Regina Pereira é mãe de uma criança de 3 anos
Foto: Reprodução/Nylo Monteiro/Rede Amazônica

A aluna Maria Regina Pereira, de 18 anos, do 3º ano do ensino médio da escola estadual América Sarmento Ribeiro, em Roraima, foi proibida de assistir aula após ter levado a filha de três anos à unidade com ela. Segundo a estudante, a coordenadora do colégio afirmou que a criança "atrapalha" outros alunos. As informações são do portal g1.

Conforme relato de Maria Regina, o caso iniciou na última segunda-feira (27). Ela disse que não tinha com quem deixar a filha, pois o namorado havia conseguido um emprego.

"Não tinha conseguido alguém para ficar com ela e resolvi levar ela para escola. Achei que não teria problema levar ela porque se eu der um caderno e um lápis para brincar ela se distrai mais fácil", disse.

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A Secretaria de Educação e Desporto (Seed) informou que a aluna não foi expulsa, e que, por lei, não é permitida a presença de crianças pequenas em sala de aula.

"Ressalta ainda que a presença de crianças pequenas em sala de aula, especialmente durante períodos de avaliação, não é permitida, pois isso pode afetar o desempenho tanto dos pais quanto dos demais alunos, não podendo, por força de lei, assumir a responsabilidade pela permanência destas crianças no ambiente escolar", afirmou a secretaria.

Barrada na entrada da escola

Maria Regina conta que, na terça-feira (27), um dia depois, levou a filha para a escola novamente, mas foi barrada pela porteira logo na entrada. Ela disse ter explicado para a coordenadora que até quarta-feira teria alguém para cuidar da filha.

"Na conversa eu tinha entendido que eu poderia levar ela até quarta-feira que seria o dia que eu deixaria ela com alguém [...] Ela falou que eu tinha entendido errado e que era pra eu ficar em casa até quarta e só aparecer na quinta-feira para entregar meu seminário, só que falta reprova", contou.

"Perguntei se ela iria me deixar todos esses dias sem assistir ela e ela falou que era irresponsabilidade minha que eu não tinha ninguém para ficar com ela", explicou.

"Só falaram que ela estava atrapalhando os outros alunos e me atrapalha nas aulas, sendo que ela estava a todo momento quieta. Não deram nada para assinar, explicando nada... Colocaram meu nome para informar os professores que eu ia faltar até quarta-feira. Só que eu não queria faltar", disse.

Ainda segundo a estudante, não foram esclarecidas pela escola as regras sobre levar a criança, e ela teme ser prejudicada no fim do ano letivo.

De acordo com a publicação, Maria Regina retornou para as aulas nessa quarta-feira (29) e conseguiu uma pessoa para cuidar da filha.

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