Defesa pede que motorista de Porsche seja encaminhado para 'presídio dos famosos'

Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho está foragido

Escrito por Redação ,
Fernando Sastre de Andrade Filho
Legenda: Fernando tem um mandado de prisão em aberto, mas ainda não foi localizado pelas autoridades policiais
Foto: Reprodução/TV Globo

A defesa do motorista do Porsche que matou um motorista de aplicação durante uma colisão em São Paulo irá pedir para que o empresário seja encaminhado para a Penitenciária 2 de Tremembé, no Interior paulistano. 

O local é conhecido como "presídio dos famosos", por abrigar detentos como o ex-jogador Robinho, condenado por estupro; Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella Nardoni; e Cristian Cravinhos, condenado pelo homicídio do casal Richthofen, entre outros.

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Atualmente, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho é considerado foragido pela Justiça — uma vez que um mandado de prisão preventiva contra ele foi expedido nesse sábado (4), mas não pôde ser cumprido. Equipes policiais foram até a residência do Fernando Sastre, mas ele não estava no local.

O empresário é representado pelo advogado Jonas Marzagão, que informou ao UOL não haver "condições de ir para um presídio normal" por causa da repercussão midiática do caso.

"Então, ele [Fernando] está disposto [a se entregar], está tranquilo. (...) Então, assim, eu só quero a garantia da integridade física dele. Eu vou primeiro no fórum conversar, só para ter um lugar seguro porque eu acho que não tem condições de [o Fernando] ir para um presídio normal", ressaltou o advogado. 

O acidente

Fernando dirigia a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo, que morreu na hora, em 31 de março, na capital paulista. Imagens obtidas por câmera de segurança mostram que o empresário trafegava em velocidade duplamente acima do limite para a via, que é de 50 km/h.

A polícia foi delocada para o local, mas a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, convenceu os agentes a liberaram seu filho para que ela pudesse o levar ao hospital devido a um ferimento na boca. No entanto, eles não procuraram atendimento médico.

A conduta dos policiais é apurada pela corregedoria da corporação. Já Daniela não foi indiciada, mesmo que o relatório final da polícia reconhecesse que ela ajudou Fernando na fuga.

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