Empresário ameaçado pelo PCC morto em aeroporto de Guarulhos levou 10 tiros, diz polícia

Disparos atingiram diversas áreas do corpo, incluindo o rosto

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(Atualizado às 20:52)
Foto de Antonio Vinicius Gritzbach
Legenda: Empresário voltava de viagem com a namorada quando foi surpreendido por executores
Foto: Divulgação/Polícia Civil

O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na tarde da última sexta-feira (8), levou 10 tiros, segundo registro oficial da Polícia Civil de São Paulo. Ele era investigado por envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Gritzbach sofreu os disparos por volta das 16h, na saída da área de desembarque. Dois homens desceram de um carro preto e realizaram a execução.

De acordo com o portal g1, o registro policial da ocorrência contabilizou ao menos 29 disparos, de vários calibres.

Na distribuição, o homem foi atingido por 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito, entre a cintura e a costela.

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Até a publicação desta reportagem, um fuzil e uma pistola foram apreendidas pela polícia próximo ao local em que o carro foi abandonado, a pouco mais de 7 km do aeroporto, também em Guarulhos. 

Ainda não há confirmação pericial de que foram elas as usadas no crime. Os autores do crime ainda foragidos.

O empresário deveria estar acompanhado de quatro seguranças, todos policiais militares contratados por ele. Contudo, nenhum estava presente no momento do assassinato.

Dois deles prestaram depoimento e afirmaram problemas técnicos: um carro teve problema na ignição. Outro veículo precisou deixar um passageiro em um posto de combustível. Contudo, investigadores cogitam se os seguranças teriam falhado de forma proposital.

Acordo para delatar o PCC

Em março deste ano, Gritzbach fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), com a promessa de revelar esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao PCC.

Nos depoimentos, Antonio Vinicius acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato de Anselmo Santa, o Cara Preta, um membro da organização.

Além disso, o empresário deu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

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