Caso Djidja Cardoso: onze pessoas são indiciadas por morte de ex-sinhazinha
Ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins foi encontrada morta no dia 28 de maio
Em meio às investigações do caso Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins, 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Amazonas. A operação, que apurou detalhes sobre a seita religiosa que fornecia cetamina, destaca que o grupo incentivava e promovia o uso da droga. As informações são da CNN Brasil.
Djidja foi encontrada morta em casa, em Manaus, no dia 28 de maio. A suspeita é de que ela tenha sofrido uma overdose de cetamina durante um dos rituais propostos pelos parentes. A mãe e o irmão foram presos dois dias depois pelo crime.
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Os envolvidos no caso foram presos por crimes como tráfico de drogas e tortura com morte como resultado. Ao todo, o inquérito policial apontou a prática de 14 crimes, sendo:
- Tráfico de drogas;
- Associação para o tráfico;
- Perigo para a vida ou saúde de outrem;
- Falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais;
- Aborto provocado sem consentimento da vítima;
- Estupro de vulnerável;
- Charlatanismo;
- Curandeirismo;
- Sequestro e cárcere privado;
- Constrangimento ilegal;
- Favorecimento pessoal;
- Favorecimento real;
- Exercício ilegal da medicina;
- Tortura com resultado morte.
Seita religiosa da família Cardoso
Conforme o delegado Cícero Túlio, o grupo usava, além de cetamina, potenay, chás e cogumelos. A seita, criada pela empresária Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, pretendia abrir uma clínica veterinária para comprar cetamina com facilidade.
Além disso, era liderado por Ademar Cardoso e Bruno Rodrigues, sendo respectivamente irmão e namorado da ex-sinhazinha.
A seita prometia trazer "iluminação ao mundo" e "capacitar a humanidade" para construir uma "nova consciência" nos próximos dois mil anos.
Durante as investigações, a polícia comprovou o envolvimento dos funcionários Claudiele Santos da Silva, Verônica da Costa Seixas e Marlisson Vasconcelos Dantas, por meio de vídeos e conversas em aplicativos de mensagens.