Carrefour diz que agressor de casal negro não trabalha para rede
Porta-voz da empresa descartou possibilidade devido à tatuagem na mão do agressor, que disse que não bate com nenhum outro funcionário próprio ou terceirizado da rede
Um dos suspeitos de agredir um casal negro nas dependências de uma das filiais do Big Bom Preço, em Salvador, na Bahia, na última sexta-feira (5), não trabalha para a rede Carrefour, segundo a empresa. Informações são do g1.
Conforme o portal, nem o suspeito, nem as vítimas foram ainda encontrados pela Polícia Civil. Apesar disso, o vice-presidente do Carrefour, Marcelo Tardim, adiantou que descarta que o agressor seja funcionário do grupo.
"As características do agressor não são compatíveis com a de nenhum colaborador próprio, ou terceirizado, que atue em nossa unidade", disse Tardim. "Mesmo assim, não podemos aceitar que este ato de violência tenha ocorrido em nossas dependências. Por conta disso, na própria sexta-feira, realizamos o desligamento da liderança e do time de prevenção de perdas da loja, assim como rescindimos o contrato com a empresa terceirizada que fazia segurança na área externa da loja, onde ocorreu a violência", complementou o porta-voz.
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Entenda o caso
Um casal negro foi agredido dentro de uma filial da rede Carrefour, em Salvador, na Bahia, na última sexta-feira (5). As imagens da violência, filmadas pelos próprios agressores, circulam nas redes sociais.
No vídeo, o casal aparece encostado em uma parede, enquanto é xingado e agredido por homens que não aparecem na gravação. A mulher chega a ser estapeada por um deles, que ordena que ela tire a mão do rosto. Já o homem, que se identifica como Jeremias, também é golpeado algumas vezes na cabeça. Veja:
A agressão teria sido cometida depois de supostamente as vítimas terem furtado sacos de leite em pó do supermercado, o que foi confirmado, no vídeo, pela mulher, que alegou precisar alimentar a filha.
Nas imagens que viralizaram, é possível ver também que um dos agressores tem uma tatuagem na mão, e foi essa a característica que o representante do Carrefour disse que a empresa desconhece de seu quadro de funcionários.
Caso Beto
Em 2020, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos de idade, foi espancado até a morte por seguranças de uma das filiais do Carrefour em Porto Alegre. O caso foi relembrado nas redes sociais após a repercussão da agressão sofrida pelo casal na última sexta-feira (5), em Salvador.