Cantor ironiza tragédia da Boate Kiss durante festa em Boa Vista
Vocalista segurava artefato pirotécnico, causa da tragédia da casa noturna
O vocalista da banda Dubai foi criticado nas redes sociais após ironizar o incêndio na Boate Kiss, que matou 242 pessoas em 2013. O caso ocorreu durante uma festa em Boa Vista (RR) e repercutiu nas redes sociais no sábado (4).
Segundo o vídeo compartilhado nas redes sociais por pessoas que estavam no local, o cantor disse "alô, Boate Kiss" enquanto segurava uma pistola de fogos de artifício. O incêndio na casa noturna do Rio Grande do Sul, 10 anos atrás, foi causado por artefatos pirotécnicos.
A festa comemorava o aniversário de uma influenciadora digital, um empresário e uma publicitária, segundo o portal g1.
"Simplesmente repugnante, de uma falta de noção e de sensibilidade com as vítimas e familiares", disse o deputado federal Pompeo de Mattos.
"A banda Dubai realmente passou dos limites ao brincar com uma tragédia enorme como a da boate Kiss", opinou um internauta. "O infeliz da banda Dubai debochando da morte de 242 pessoas", lamentou outra usuária do Twitter.
Pedido de desculpas
O cantor, Ícaro Trindade, divulgou nota se desculpando pelo caso, conforme o g1. "Fica aqui o meu reconhecimento pelo erro que EU cometi! De forma alguma a intenção foi essa, mas saiu no calor do momento", afirmou.
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Os aniversariantes, que estavam no palco no momento da fala, afirmaram que não prestaram atenção no momento da declaração do cantor.
"Meus amigos que agravaram o vídeo não tiveram culpa porque eles estavam gravando os parabéns. Então, infelizmente foi o comentário que o cantor soltou. Para uns, passou despercebido, para outros, não", disse.
Tragédia da Boate Kiss
A tragédia da Boate Kiss, retratada em duas minisséries lançadas em janeiro, deixou 242 mortos e 636 feridos na noite do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria (RS).
Um integrante da banda Gurizada Fandangueira disparou um artefato pirotécnico e as centelhas atingiram o teto do prédio, revestido por espuma, causando um grande incêndio.
Em 2021, oito anos depois da tragédia, o grupo chegou a ser condenado pelo Tribunal do Júri. Na época, eles foram sentenciados a penas de 18 a 22 anos de prisão. Mas, em agosto do ano passado, o Tribunal de Justiça do Estado anulou a pena e revogou a prisão.