ANS determina que planos de saúde devem fornecer remédio de R$ 6,4 mi para tratar AME

Medicamento é indicado para tipo mais grave da doença

Escrito por Redação ,
Zolgensma
Legenda: Zolgensma deve ser incorporado aos planos de saúde após determinação da ANS
Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta segunda-feira (6), a incorporação do medicamento Zolgensma para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME), avaliado em R$ 6,4 milhões, ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

Dessa forma, os planos de saúde são obrigados a incluir o medicamento em até 60 dias após a incorporação ao SUS. O Zolgensma é utilizado para tratamento de pacientes com até 6 meses de idade com AME tipo I, considerado o mais grave

O preço máximo definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão responsável pela precificação, é de R$ 6,4 milhões

Segundo a ANS, o Zolgensma é a primeira terapia avançada a integrar a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde.

As terapias avançadas são produtos biológicos ou produtos que consistem em ácidos nucleicos recombinantes com objetivo regular ou modificar a expressão de um gene. 

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"Esses produtos são uma grande promessa terapêutica para enfermidades complexas e sem alternativas médicas disponíveis, mas também um desafio ao desenvolvimento de mecanismos de controle que garantam a sua qualidade, segurança e eficácia”, segundo a Anvisa. 

Novas terapias aprovadas

O medicamento foi aprovado em reunião da diretoria colegiada, na qual também foram incorporados outras três tecnologias: Dupilumabe, Zanubrutinibe e Romosozumabe.

O Dupilumabe é utilizado no tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina.

A Zanubrutinibe é administrado no tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior.

Já o Romosozumabe é uma terapia indicada para mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso.

O Dupilumabe e o Zanubrutinibe foram incluídos pela ANS após propostas enviadas por meio de formulário eletrônico disponível no site da ANS.

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