Agente penal que matou tesoureiro do PT chegou ao local aos gritos de "aqui é Bolsonaro", diz B.O

Boletim de Ocorrência afirma que testemunhas relataram que ninguém conhecia o homem

Escrito por Redação ,
Marcelo Aloizio de Arruda
Legenda: A festa de Marcelo tinha como temática o PT
Foto: Divulgação Twitter Gleisi Hoffmann

O policial Penal Federal Jorge José da Rocha Guaranho teria chegado ao local do aniversário do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Aloizio de Arruda, com uma arma de fogo nas mãos e aos gritos de "aqui é Bolsonaro".

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A informação consta no Boletim de Ocorrência do caso ao qual a CNN teve acesso. O petista foi assassinado, na madrugada neste domingo (10), durante a comemoração. Após ser atingido, ele acabou atingindo o agente, que foi encaminhado para o hospital — até a manhã deste domingo (10), a informação dada pela Polícia era de que Guaranho também tinha morrido. Contudo, em entrevista coletiva à tarde, a corporação informou que o suspeito foi encaminhado ao hospital e está "estável".

“Todos relataram que estavam na festa de aniversário com tema político do PT e que em certo momento a pessoa, que era desconhecida de todos e não era convidada, chegou no local com arma de fogo em mãos e aos gritos dizia “aqui é Bolsonaro”, diz o documento.

Em entrevista ao jornal O Globo, o filho mais velho de Marcelo, Leonardo Arruda, relatou que ninguém no evento conhecia Guaranho e este entrou no local afirmando que iria matar todos os petistas. 

"Ele chegou a apontar a arma pela primeira vez para o meu pai. A esposa dele tentou evitar que ele fizesse um primeiro disparo. Ele prometeu que ele ia voltar, e ele voltou logo depois já atirando. Ele acertou três tiros no meu pai. Pelo ódio dele, parecia que ia matar todo mundo. Mas meu pai conseguiu evitar o pior, antes de morrer", diz Leonardo ao O Globo. 

Crime 

Marcelo foi assassinado enquanto celebrava seu aniversário de 50 anos em Foz do Iguaçu, cidade no oeste do Paraná. A festa tinha como tema o PT. O servidor foi levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa esposa e quatro filhos.

Na ocorrência, Marcelo chegou a balear o autor dos disparos após ter sido atingido. Jorge José da Rocha Guaranho foi encaminhado ao hospital. A Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu está apurando o caso. 

Segundo o G1, o secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime. De acordo com ele, há suspeitas de intolerância política. 

 

 

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