Morre Paul Alexander, homem que vivia com 'pulmão de ferro', aos 78 anos

Norte-americano vivia há mais de 70 anos dentro do aparelho

Escrito por Redação ,
Paul Alexander
Legenda: Paul foi reconhecido pelo Guinness World Records como o homem que mais viveu num 'pulmão de aço'
Foto: Reprodução/GoFundMe

Foi anunciada, nessa terça-feira (12), a morte de Paul Alexander, o "homem no pulmão de ferro", aos 78 anos. O comunicado foi feito pelos administradores da página dele na plataforma de financiamento GoFundMe. Paul era o último homem que vivia com o "pulmão de ferro". Agora, apenas uma mulher, Martha Lillard, de 69 anos, utiliza a máquina, desenvolvida em 1920.

Apesar das diversas limitações de locomoção, Paul investiu em estudos, tornou-se advogado, além de escritor e desenvolvedor de ferramentas para lhe auxiliar no dia a dia, como a "respiração de sapo", técnica que permitiu ele ficar cerca de três minutos ao ar livre, sem o ventilador.

"Depois de sobreviver à poliomielite quando criança, ele viveu mais de 70 anos dentro de um pulmão de ferro, num feito reconhecido pelo Guinness World Records. Durante esse período, Paul foi para a faculdade, tornou-se advogado e autor publicado. Sua história viajou por toda parte [...]", contou Christopher Ulmer, criador da página de financiamento destinada ao homem. 

Em outra menção ao falecimento do homem, o irmão dele, Philip, agradeceu a todos pelas doações. Segundo ele, "isso permitiu que Paul vivesse seus últimos anos sem estresse."

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O que é o 'pulmão de ferro'

A máquina onde Paul Alexander viveu por mais de 70 anos funciona como uma cápsula hermética que suga o oxigênio por meio de pressão negativa, permitindo que os pulmões se expandam para o paciente poder respirar. 

O aparelho tem 2,1 metros de comprimento, sido desenvolvido por volta de 1920 para tratar insuficiências respiratórias graves. O norte-americano vivia no ventilador de metal desde os 6 anos, após ser acometido pela poliomielite em Dallas, no Texas. 

Após longos cinco anos de produção, em 2020, Paul teve a oportunidade de publicar sua autobiografia “Três minutos para um cachorro: minha vida em um pulmão de ferro". O livro foi escrito pelo próprio norte-americano com uma caneta presa à boca.

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