Influencer é assassinado e tem corpo esquartejado na Argentina
Segundo a polícia, o crime teria sido cometido por um ajuste de contas
O comerciante e influenciador digital Fernando Pérez Algaba, de 41 anos, foi assassinado e teve o corpo esquartejado encontrado em uma mala na cidade de Lomas de Zamora, na Argentina. A identificação do corpo foi realizada pela Polícia Científica de Buenos Aires nesta quinta-feira (27). As informações são do jornal La Nacion.
De acordo com a publicação, o crime contra Algaba, apelidado de Lechuga e com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, seria um ajuste de contas de uma dívida.
Segundo testemunhas, Algaba recebeu intimações de seus devedores entre os dias 18 e 19 de julho. Ele teria recebido US$ 200 mil - cerca de R$ 944 mil - que lhe deviam e, ao sair, foi sequestrado em um condomínio fechado na zona oeste da Grande Buenos Aires.
Ameaças
Os sequestradores teriam agido em parceria com os devedores de Algaba. Uma mensagem da máfia dirigida aos amigos da vítima diz que eles pegaram o dinheiro de volta, o mantiveram cativo por quatro dias e o mataram. Posteriormente, desmembraram o corpo, o levaram ao bairro Ingeniero Budge e o deixaram em um local onde pudesse ser encontrado.
A vítima havia enviado uma série de mensagens sobre ameaças que vinha recebendo aos seus contatos e amigos.
“Bem, deixo tudo aqui resolvido. Se algo acontecer comigo. Ou se continuarem me pressionando, denuncio todos. Bem, se algo acontecer comigo, todo mundo está avisado. Tenho cinco testemunhas que também estão ameaçando”, escreveu.
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Em um dos textos, a vítima havia relatado que perdeu uma quantia significativa de dinheiro investido no negócio de criptomoedas.
“Peço desculpas a todas as pessoas por ter falhado com elas e não poder pagar o que me deram. A princípio isso começou como um investimento em criptomoedas e, aos poucos, saiu do controle. Nada do que aconteceu foi de propósito. Em cada nova tentativa de avançar havia sempre a possibilidade de recuperar o que se perdeu. E aí estava o erro", disse ele.
Algaba devia dinheiro a investidores que lhe deram fundos para depositar em criptomoedas. Por conta da dívida, ele recebeu mais ameaças por áudio. “Vou cruzar com você e vou matá-lo. Você foi salvo por cinco minutos”, diz parte do conteúdo da mensagem.
Ainda conforme apuração do La Nacion, como sócio desta empresa, ele assinou pelo menos doze cheques rejeitados por falta de fundos no valor de mais de US$ 929.200 (cerca de R$ 4,3 milhões) entre 2018 e 2019.
Corpo esquartejado
O corpo da vítima foi esquartejado e atirado dentro de uma mochila no Córrego Rey, Lomas de Zamora, na Argentina.
O procurador Domínguez solicitou quatro mandados de busca e apreensão em diferentes endereços na zona sul dos subúrbios de Buenos Aires, em um dos quais foi detida uma mulher trans, a quem foi emprestada a mala.
"Em princípio, o detido é acusado do assassinato de Pérez Algaba, que se acredita ter sido assassinado e esquartejado no âmbito de um acerto de contas", afirmou o agente.