Em meio a caos no Equador, incêndio em boate deixa dois mortos; polícia fala de 'ato de terrorismo'

Chamas atingiram 11 edifícios vizinhos; nove pessoas ficaram feridas

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Incêndio no Equador
Legenda: Chamas atingiram por 11 prédios vizinhos
Foto: Reprodução/YouTube/Coca Notícias

Em meio à onda de violência no Equador, duas pessoas morreram em um incêndio dentro de uma boate na cidade de El Coca. Conforme o jornal equatoriano El Telégrafo, a ocorrência, registrada cerca de 22h de quarta-feira (10), também deixou nove pessoas feridas. As autoridades locais avaliam o caso como um "ato de terrorismo".

Pelo menos 11 edifícios vizinhos à boate também sofreram com as chamas. "Unidades policiais foram direcionadas imediatamente ao local para recolher provas e localizar os envolvidos", o órgão policial detalhou na rede social X (antigo Twitter). 

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O caso está sendo investigado, mas nenhum suspeito foi identificado. Nas redes sociais, é possível ver vídeos da boate sendo atingida pelo incêndio, com uma alta coluna de fumaça. 

Ao todo, o país já registrou 13 mortes por conta da crise de violência, e subiria para 15 caso essas duas mortes forem relacionadas aos grupos criminosos. Na terça-feira (9), o presidente Daniel Noboa classificou 22 facções criminosas como grupos terroristas.

Onda de violência

No dia 8 de janeiro, o chefe da principal quadrilha criminosa do país, Adolfo Macías, conhecido como "Fito", fugiu do presídio em que ele estava. O homem pertence ao grupo Los Choneros, que disputam com cerca de 20 quadrilhas a rota do narcotráfico. Ele cumpria pena de 34 anos de prisão no presídio Regional de Guayaquil por crime organizado, narcotráfico e homicídio. 

Por conta dessa fuga, o presidente Daniel Noboa declarou estado de exceção por 60 dias em todo o país, inclusive nas prisões. A medida inclui um toque de recolher de seis horas, a partir das 23h locais (1h de Brasília).

Além da fuga de "Fito", um dos chefes da Los Lobos, Fabricio Colón Pico, fugiu na terça-feira (9). Ele tinha sido preso na sexta-feira (5) por sequestro e pela suposta responsabilidade em um plano para assassinar a procuradora-geral.

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