El Salvador inaugura a maior prisão das Américas com capacidade para até 40 mil detentos

A inauguração faz parte das medidas de guerra aberta contra as gangues no país

Escrito por Redação ,
presidente de El Salvador, Nayib Bukele
Legenda: Presidente rebateu as acusações de que o local não cumpre as regras internacionais da ONU sobre direitos humanos
Foto: AFP

Em meio à guerra contra gangues no país, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, inaugurou uma megaprisão com capacidade para até 40 mil reclusos nessa terça-feira (31). O presídio tem dimensões que o fariam o maior das Américas, segundo o governo. As instalações foram construídas numa área isolada. 

A inauguração faz parte das medidas da guerra aberta contra o crime organizado, lançada em março do ano passado. Em paralelo, as 20 prisões do país têm atualmente capacidade para 30 mil presos. 

De acordo com o governo, a megaprisão, conhecida como Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), abrigará "os terroristas que tanto sofrimento causaram à população do país".

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A ONG Human Rights Watch (HRW), no entanto, denunciou que o local não cumpre as regras internacionais da ONU. O presidente rebateu, em nota, as acusações.

"A prisão cumpre as normas e protocolos de segurança necessários para garantir a ordem, controle e disciplina entre os reclusos, com o objetivo de não permitir ações ilícitas no interior ou a comunicação de membros de gangues com células terroristas que são fugitivos da justiça", afirmou em comunicado.

O governo alega que as prisões em massa são uma resposta à escalada de violência que tirou a vida de 87 pessoas de 25 a 27 de março de 2022. Um regime de emergência foi aprovado pelo Congresso a pedido de Bukele, que autoriza prisões sem mandado. O Parlamento também aumentou as penas para crimes envolvendo as gangues criminosas.

Sobre a megaprisão

A prisão foi construída em uma área rural isolada em um vale perto de Tecoluca, a cerca de 70 km da capital, San Salvador.

Sobre a estrutura de segurança máxima, as celas são feitas de concreto e possuem grossas barras de aço. Um muro de perímetro de 2,1 quilômetros, será vigiado dia e noite por 600 soldados das Forças Armadas e 250 policiais.

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