Camarões investiga casos suspeitos do vírus de Marburg após surto em Guiné Equatorial

Os casos podem ter sido registrados na comunidade de Olamze, conforme as autoridades locais

Escrito por Redação ,
reprodução de vírus infectando células humanas
Legenda: A taxa de fatalidade do vírus é 88%, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS)
Foto: Shutterstock

O governo de Camarões identificou, nessa segunda-feira (13), dois casos suspeitos do Vírus de Marburg em uma região de fronteira com a Guiné Equatorial, país que declarou surto do vírus e onde já morreram nove pessoas.

Roberth Mathurin Bidjang, delegado de saúde público camaronês, informou que os possíveis casos estão na comunidade de Olamze. As informações são do g1

"Em 13 de fevereiro, tivemos dois casos suspeitos. São duas crianças de 16 anos, um menino e uma menina, que não têm histórico de viagens anteriores às áreas afetadas na Guiné Equatorial", informou o delegado durante reunião na capital de Camarões, Yaoundé.

Na semana passada, após rumores de uma doença desconhecida e mortal, Camarões restringiu o movimento na fronteira para evitar o contágio mesmo antes da Guiné decretar o surto pelo vírus. 

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O Marburg é um vírus altamente infeccioso e causa uma doença mortal semelhante a ebola. A taxa de fatalidade é 88%, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Análises de amostras enviadas pelas autoridades de saúde para um laboratório de referência do Instituto Pasteur em Senegal comprovaram a presença do vírus. Além das mortes registradas, entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, há 16 casos suspeitos com sintomas como febre, vômito com sangue, diarreia e fadiga sendo monitorados.

Contatos dos infectados e dos casos suspeitos estão sendo isolados e acompanhados pelas autoridades de saúde. A OMS enviou especialistas ao local para ajudar na resposta ao surto.

“Marburg é altamente infeccioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, disse o Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África, em comunicado.

 

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