Avisos de possível guerra na Suécia geram alerta na população do país; entenda situação

Os alertas foram criticados por políticos de oposição do país nórdico

Escrito por Redação ,
Soldados da Suécia
Legenda: A Suécia já integra o grupo de países que treina pilotos ucranianos
Foto: Shutterstock

Uma onda de pânico repercutiu na Suécia após dois funcionários do alto escalão do país alertarem a população para se prepararem para uma guerra. Em uma conferência, o ministro da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, disse que "poderia haver guerra na Suécia", sendo apoiado pelo chefe das Forças Armadas, general Micael Byden, que reforçou a necessidade dos suecos se prepararem mentalmente para essa possibilidade. 

Conforme a BBC News Brasil, as declarações foram criticadas pelos políticos de oposição. Já a ex-primeira-ministra Magdalena Andersson afirmou que apesar do país estar em uma situação de segurança grave, "não é como se a guerra estivesse mesmo à porta". 

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Nesse cenário, a organização de direitos das crianças Bris afirmou que houve um grande aumento de ligações para a linha de apoio a jovens preocupados após verem reportagens ou publicações no TikTok sobre o assunto. 

“Foi tudo bem preparado, não foi algo que eles deixaram escapar. Eles deveriam fornecer informações destinadas às crianças quando divulgam esse tipo de informação para os adultos", afirmou a porta-voz do Bris, Maja Dahl, para a BBC.

Observações são vistas como alerta

Apesar das críticas, as observações do ministro Carl-Oskar Bohlin e do general Micael Byden são vistas como um alerta. A Suécia vive há mais de dois séculos de paz, mas está aderindo à aliança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança militar ocidental. Dentre os países que participam da Otan, estão:

  • Albânia;
  • Alemanha;
  • Bélgica;
  • Bulgária;
  • Canadá;
  • Tchéquia;
  • Croácia;
  • Dinamarca;
  • Eslováquia;
  • Eslovênia;
  • Espanha;
  • Estados Unidos;
  • Estônia;
  • Finlândia;
  • França;
  • Grécia;
  • Hungria;
  • Islândia;
  • Itália;
  • Letônia;
  • Lituânia;
  • Luxemburgo;
  • Macedônia do Norte;
  • Montenegro;
  • Noruega;
  • Países Baixos;
  • Polônia;
  • Portugal;
  • Reino Unido;
  • Romênia;
  • Turquia.

Para entrar na Otan, a Suécia aguarda apenas a aprovação dos parlamentos da Turquia e Hungria. Conforme o chefe das Forças Armadas, o alerta não é novidade, considerando que o país já integra o grupo que treina pilotos ucranianos. A capital, Estocolmo, também considera enviar caças avançados Gripen para a Ucrânia.

"O meu objetivo com o alerta não é preocupar as pessoas, é fazer com que mais pessoas pensem sobre a sua própria situação e as suas próprias responsabilidades", declarou o general Byden ao jornal sueco Aftonbladet.

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