Au pair é indenizada em R$ 15 milhões após ser filmada nua por câmera escondida pelo patrão

Jovem colombiana atuava nos Estados Unidos como babá dos filhos do empresário, que é milionário e atua no ramo de restaurantes

Escrito por Redação ,
Colagem mostra registros de au pair sendo gravada por patrão nos Estados Unidos. Au pair é indenizada em R$ 15 milhões após ser filmada nua por câmera escondida de patrão
Legenda: A babá condenou a decisão da Justiça e defendeu que homem deveria estar preso
Foto: reprodução/New York Post

Uma babá colombiana, que atuava como au pair nos Estados Unidos, deve ser indenizada em US$ 2,78 milhões — equivalente a R$ 15,3 milhões — após ter sido filmada nua por uma câmera escondida, instalada pelo seu patrão, um empresário milionário do ramo de restaurantes. A decisão da Justiça norte-americana foi proferida neste mês, após mais de três anos do ocorrido. 

O júri decidiu que o acusado, identificado como Michael Esposito, de 35 anos, deve pagar US$ 2 milhões à vítima. Além disso, ele e a esposa, Danielle Esposito, ainda terão que desembolsar mais US$ 780 mil de danos morais à jovem, que na época do crime tinha 25 anos. 

Segundo o jornal New York Post, a colombiana Kelly Andrade trabalhou como babá dos quatro filhos do casal Esposito por cerca de três semanas, na residência dos pais de Danielle, onde estavam instalados temporariamente, em Staten Island, no estado de Nova York. Nesse período, a câmera escondida no detector de fumaça do quarto dela registrou centenas de vídeos da au pair nua.

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Em 2021, mesmo ano da denúncia, o empresário chegou a ser preso, acusado de vigilância ilegal — que prevê até 4 anos de prisão nos EUA —, mas foi liberado em seguida, sob condição de fazer acompanhamento por um ano e cumprir dois anos de liberdade condicionar, sem novas ocorrências criminais. Nesses três anos, ele chegou a confessar o delito.  

Não é o suficiente para toda a situação pela qual passei nesses três anos. Não é o suficiente."
Kelly Andrade
Vítima

A babá, que atualmente está casada e morando no estado norte-americano de Nova Jersey, condenou a decisão da Justiça e defendeu que Michael deveria estar preso.

Em agosto deste ano, a jovem fez um acordo judicial, que não teve o valor divulgado, com a empresa que intermediou o au pair dela na casa do empresário milionário. A defesa dele não foi encontrada.

Babá desconfiou de atitude do patrão

O gravador oculto só foi descoberto após a jovem desconfiar de atitudes do chefe. Na época, era comum que ela encontrasse Michael em seu quarto, mexendo no detector de fumaça do cômodo. Segundo o processo judicial, o objeto de prevenção de incêndio "frequentemente estava sendo reposicionado" pelo homem. 

Ao verificar o dispositivo, Kelly Andrade descobriu a câmera e um cartão de memória escondidos no local. No processo, ela relatou que o equipamento gravou imagens dela nua, se vestindo e se despindo no intervalo que atuou como au pair dos Esposito. 

Logo após a funcionária descobrir a câmera, Michael tentou invadir o cômodo. Assustada, a colombiana fugiu ao pular da janela do quarto, localizado no primeiro andar do imóvel, machucando o joelho.

Na primeira noite após deixar a residência, Kelly disse que dormiu na rua, "em um arbusto", conforme detalhou o advogado dela, Zachary Holzberg, ao veículo The Post. Em 24 de março de 2021, a babá procurou as autoridades e registrou o caso.  

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