Peixe 'diabo negro' é registrado pela primeira vez à luz do dia por pesquisadores espanhóis; veja vídeo

Até agora, os registros da espécie correspondem a larvas, exemplares de adultos mortos ou filmagens feitas por submarinos

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:15)
Legenda: O peixe conhecido como 'diabo negro' foi avistado a 2 km da costa de Tenerife, mas costuma viver em profundidades que variam entre 200 e 2 mil metros
Foto: Reprodução/Instagram

Um peixe 'diabo negro' (Melanocetus johnsonii) foi avistado por pesquisadores da ONG espanhola Condrik Tenerife, no dia 26 de janeiro, a apenas 2 km da costa de Tenerife. As imagens foram publicadas pela equipe no perfil da organização no Instagram, com um relato sobre o encontro, que deixou a tripulação "sem palavras".

O encontro ocorreu enquanto a equipe retornava de uma jornada de pesquisas sobre tubarões e a equipe — formada pelos biólogos Laia Valor, Marc Martín e Antonio Sabuco e o fotógrafo de fauna marinha David Jara — avistou o peixe.

A surpresa dos pesquisadores foi porque esse evento é raro, uma vez que o peixe habita o fundo do mar, entre 200 e 2000 metros de profundidade. Dessa forma, segundo a ONG, esse pode ser o primeiro registro de um peixe dessa espécie adulto, vivo, à luz do dia e na superfície, aponta a publicação.

Até agora, segundo a equipe, os registros existentes do 'diabo negro' correspondem a larvas, exemplares de adultos mortos ou filmagens feitas por submarinos.

Trata-se de um verdadeiro predador das profundezas, que habita o fundo do mar entre 200 e 2000 metros de profundidade e utiliza seu apêndice dorsal repleto de bactérias simbióticas bioluminescentes como isca para atrair suas presas, assim como na famosa cena do filme Procurando Nemo.
ONG Condrik Tenerife
Publicação no Instagram

Ainda não se sabe o motivo para esse 'diabo negro' ter aparecido na superfície. Segundo a publicação, pode ter sido por uma doença, uma corrente ascendente ou fuga de um predador, entre outras hipóteses.

"Seu gênero, Melanocetus, significa literalmente 'monstro marinho negro', um nome que faz jus à sua aparência impressionante", comenta.

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A espécie habita os mares tropicais e subtropicais em todo o mundo e foi citada pela primeira vez nas costas da Ilha da Madeira, principal ilha do arquipélago da Madeira, situado no oceano Atlântico.

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